Na abertura deste curso, especificamente enquanto assistiam ao vídeo Onde estou? (2014), vocês, cursistas, experimentaram uma imagem sonora em formato de vídeo. Imagino que, ao ouvirem essa imagem sonora, a maioria de vocês tenha identificado o lugar onde foram gravados os sons como sendo uma "escola", certo?
Com isso, vocês exercitaram o que chamamos de: a grande dúvida geográfica. Ou seja, tentaram responder à questão: onde estou?
Para compreender melhor o que quer dizer "dúvida geográfica", vamos ler trechos do texto "O que é Geografia", escrito pelo professor Douglas Santos.
Paremos, por enquanto, e vamos pensar melhor no que acabamos de ler. Lembremos, agora, da nossa experiência inicial: quando vocês se depararam com a imagem sonora e ouviram os sons, provavelmente vocês projetaram nesse encontro imagético-sonoro as experiências, os “sons, cheiros, sabores...” que já vivenciaram em outros momentos. Ao denominar o lugar percebido, vocês localizaram o fenômeno. Agora, tentem imaginar uma pessoa que nunca passou pela experiência escolar; ela, por exemplo, não conseguiria projetar as formas dessa experiência ao ser colocada frente à imagem sonora produzida pelo vídeo Onde estou? (2014).
Essa pessoa não saberia responder à questão "onde estou?" e consequentemente ficaria desorientada, já que não conseguiria dar identidade ao lugar.
Para você compreender um pouco mais acerca das questões que estamos levantando e, também, sobre questões relacionadas à própria Geografia, sugerimos que você faça a leitura completa do texto "O que é Geografia" (2007) de Douglas Santos. Boa leitura!
"Reconhecer o lugar em que estamos exige muito mais que a familiaridade das formas, é preciso que os acontecimentos também sejam reconhecíveis." (SANTOS, 2007)
Veja bem: para que um fenômeno (lugar, objeto, situação etc.) seja geográfico, não basta ter uma forma que se restrinja a sua aparência imagética em si, mas essa forma deve ser resultado dos acontecimentos reconhecíveis na maneira como ali se expressam espacialmente..