Agora, veja como o rapper paulistano Rappin’ Hood aborda a mesma temática apresentada na seção anterior.
Este é um clipe montado e ilustrado por César Mustafa, que toma e “comenta”, por meio de imagens, uma performance de Rappin’ Hood interpretando como Rap um poema, que pode ser visto na Praça da Língua do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Fonte: Epílogos... (2012).
A partir do vídeo que você acabou de assistir, responda às questões a seguir:
Como você caracterizaria o beat desse rap?
No caso da poesia, isto é, da fala cantada e ritmada que entoa a letra do rap, quem é o poeta transformado em letrista?
Responda como o poema interpretado como rap caracteriza os elementos abaixo.
Como é descrita a cidade? O que nela falta?
Quais as razões pelas quais a cidade é como é?
Que recursos César Mustafa usou para compor e editar seu videoclipe?
Que efeitos de sentido ele obtém com essa composição?
Quais desses aspectos você discutiria com seus alunos?
Com base na sua realidade escolar e na realidade dos seus alunos, seria interessante trabalhar dessa maneira com poemas de protesto (ou com outros temas) de diferentes épocas? Por quê?
(Para saber mais sobre interpretação musical de poesia, clique aqui.)
Os curadores da Praça da Língua do Museu da Língua Portuguesa (José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski) não foram os únicos a ter a ideia de interpretar musicalmente um poema de Gregório de Matos. Para ver uma interpretação de Caetano Veloso de uma canção de sua lavra (Triste Bahia), que inclui trechos de poema de Gregório, também com tom de crítica social, clique aqui.
Trata-se de um beat simples (bateria) que faz fundo e ritmo à fala (cantada/declamada) do rapper.
Trata-se de (parte de) um poema satírico de Gregório de Matos Guerra (1636-1696), o poema Epílogos.
A ela falta “verdade, honra e vergonha”.
A cidade é assim por razões de “negócio, ambição, usura” e não é resguardada por uma justiça “bastarda, vendida e injusta” ou por uma câmara que “não pode, não quer, não vence”.
A legendagem com o poema de Gregório de Matos e imagens estáticas (fotos, charges) retiradas da internet, às vezes montadas e mixadas, fazendo alusão ao Brasil e às suas desigualdades e injustiças sociais.
A composição feita para o clipe tem o efeito de atualizar e localizar (Brasil dos dias atuais) um poema feito por Gregório de Matos no século XVII.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
