Assista a seguir a alguns dos poemas digitais, ou ciberpoemas, de Arnaldo Antunes (1993), musicados.
Fonte: Cultura... (2010).
Fonte: Carnaval... (2010).
Fonte: Acordo... (2010).
Vemos que Antunes, em seus ciberpoemas, quase emprega esteticamente as caligrafias dos textos, e faz isso por meio de diversos tipos de animação, fazendo também uso dos recursos de imagens pictóricas, ou pictogramas.
Fonte: Pessoa... (2010).
Agora, vamos analisar um desses poemas digitais de Arnaldo Antunes (1993).
Pessoa
Coisa que acaba. Troço que tem fim. Sujeito. Que não dura, que se extingue. Míngua. Negócio finito, que finda. Festa que termina. Coisa que passa, se apaga, fina. Pessoa. Troço que definha. Que será cinzas. Que o chão devora. Fogo que o vento assopra. Bolha que estoura. Sujeito. Líquido que evapora. Lixo que se joga fora. Coisa que não sobra, soçobra, vai embora. Que nada fixa. A foto amarela o filme queima embolora a memória falha o papel se rasga se perde não se repete. Pessoa. Pedaço de perda. Coisa que cessa, fenece, apodrece. Fome que se sacia. Negócio que some, que se consome. Sujeito. Água que o sol seca, que a terra bebe. Algo que morre, falece, desaparece. Cara, bicho, objeto. Nome que se esquece.
A partir dos poemas acima, responda:
Como você descreveria a composição do poema transcrito anteriormente?
Na passagem do poema escrito para ciberpoema, quais recursos Antunes utiliza?
(Para ver outros poemas visuais e ciberpoemas de outros autores, clique aqui.)
Agora é a sua vez de transformar um poema modernista em ciberpoema simplesmente utilizando os recursos do PowerPoint. Para isso, indicamos alguns passos.
Um gênero recente, de forte influência digital, aparentadíssimo ao poema e ao conto, é o microconto, ou nanoconto. Esse é outro gênero interessante para ser explorado com seus alunos! Boas ferramentas para sua realização são o Twitter e o Tumblr.
Para conhecer melhor o gênero, além da coletânea de Heloisa Buarque de Hollanda, intitulada Enter, sugerimos que você navegue um pouco pelo site de Marcelo Spalding – um de nossos mais importantes nanocontistas. Acesse, especialmente, os trabalhos de Samir Mesquita: Dois Palitos e 18:30.