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Tópico III – Integração Crítica e Criativa das TDIC à Ação Docente

Introdução

 

No Tópico II, enfatizamos que a integração crítica e criativa das TDIC ao fazer docente é estratégica para a construção de projetos pedagógicos que recriem o diálogo aberto e profícuo entre estudantes e professores(as), diálogo esse tão necessário para que a escola recupere seu sentido.

Iniciamos este terceiro tópico reafirmando que os(as) professores(as) são peças fundamentais nesse desafio, mas sozinhos(as) não darão conta dessa tarefa. “É certo que existe no discurso pedagógico uma hiper-responsabilização dos professores em relação à prática pedagógica e à qualidade do ensino, situação que reflete a realidade de um sistema escolar cunhado na figura do professor como condutor visível de todos os processos institucionalizados da educação.” (SACRISTÁN, 1995. p. 64). Precisamos apoiar as capacidades dos(as) professores(as) para enfrentar esses desafios e ter neles(as) esperança crítica, o que exige que não os(as) culpabilizemos, como frequentemente vem ocorrendo.

Quando se fala das TDIC no contexto escolar, a tendência a imputar a falta de integração à resistência dos(as) professores(as) é mais evidente. Porém, as dificuldades são bem mais complexas, porque muitas vezes as tecnologias digitais estão nas escolas, os(as) professores(as) desejam e tentam usá-las, mas a integração não acontece. Pensemos que se a introdução das TDIC em qualquer setor produtivo traz mudanças complexas e requer grandes esforços institucionais (financeiros e sociais), os esforços requeridos na educação são ainda maiores, pois aqui as mudanças “[...] não ocorrerão no abstrato, são situadas em contextos históricos, sociais e culturais variados [...]. ” (TYACK; CUBAN apud CAVALLO, 2004, p. 96).

Por ser muito contextual e relacional, o fazer docente não é facilmente descrito. Assim sendo, nossa capacidade de replicá-lo ou repeti-lo é limitada. Daí a importância de entendermos o que é ação docente, pois dessa forma poderemos repensar e recriar também nossas ações como formadores(as) capazes de ajudar a desvelar possibilidades concretas para o trabalho dos(as) professores(as), inéditos viáveis. Vamos então tentar entender essa ação.


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