Ler imagens criticamente implica aprender como as apreciar, decodificá-las e interpretá-las, analisando ao mesmo tempo a forma como são elaboradas e o modo como operam na construção do conhecimento geográfico.
Vivemos em uma cultura imagética, por isso é essencial que nós, docentes de Geografia, tenhamos uma preocupação com a leitura das imagens inscritas nesses livros. Reconhecemos as imagens como parte do conteúdo dos livros didáticos? Temos que despertar o olhar curioso do(a) estudante para esse universo visual.
As imagens possuem propriedades comunicativas que, se bem utilizadas, podem auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Por isso, é de grande importância que saibamos lidar com elas. Sabendo trabalhar de forma crítica e problematizadora com esses suportes pedagógicos, o(a) professor(a) pode ter como um grande apoio em sala de aula o uso de material imagético, seja ele estático (fotos), seja dinâmico (filmes).
Uma boa análise define-se, em primeiro lugar, por seus objetivos. Isso é indispensável para delimitar suas próprias ferramentas, lembrando que elas determinam grande parte do objeto de análise e suas conclusões. A análise por si só não se justifica e tampouco desperta interesse, ela deve fazer parte de um projeto, que vai ter orientações e, a partir delas, uma metodologia. Não existe um método absoluto para análise, mas opções a serem feitas ou criadas em função dos objetivos.
Propomos nesta atividade que você, professor(a) cursista, faça uma imersão, uma análise dos (um ou mais) livros didáticos das suas turmas do ensino de Geografia, quando surgirem os conceitos ou categorias de lugar, paisagem e território. A partir disso, você pode analisar como essas imagens aparecem nesses livros e como revelam e apresentam essas categorias para o público leitor. A ideia é fazer um levantamento das imagens dos livros didáticos e comparar com as imagens coletadas por você e por seus(suas) alunos(as) nas atividades passadas.
Partimos do pressuposto de que o livro didático e o ensino de Geografia são indissociáveis, eles representam o currículo prescrito, o currículo vivenciado e a cultura escolar. Diante disso, entendemos ser fundamental problematizar como as imagens são mostradas nos livros didáticos e o que revelam ao(à) leitor(a).
Estamos acostumados(as) a ver imagens de lugares que não conhecemos e, muitas vezes, nosso imaginário associa a categoria estudada a determinada imagem, quase padronizada nos livros. Nosso propósito é mostrar o quanto podemos trabalhar as diferentes categorias da Geografia com imagens do nosso cotidiano.
Recomendamos que as imagens analisadas no livro didático sejam da mesma categoria que você, cursista, optou por fotografar de seu cotidiano, ou de categorias escolhidas pelas suas turmas, pois só será possível realizar a comparação dessa forma.
Sugerimos, também, que as imagens do livro didático sejam escaneadas (ou fotografadas) para que possam ser digitalmente socializadas com os(as) demais cursistas.
A partir do que obteve na pesquisa do livro didático, das imagens obtidas na tarefa do Tópico II (Atividade 3) e na tarefa do Tópico III (Atividade 4), procure fazer uma produção textual problematizando o que aparece no livro didático e o que pode ser observado a partir de imagens feitas da leitura do espaço de vivência por você professor(a) cursista e por seus(suas) estudantes. Algumas questões que podem ajudar você nessa produção, são:
Ao finalizar esta atividade, sugerimos que socialize as imagens dos livros didáticos que você selecionou. Sua produção textual pode ser armazenada em seu portfólio e possuir acesso aberto aos(às) demais cursistas que desejarem conhecê-la.
