Nossa explanação foi uma tentativa de propor melhores métodos funcionais no ensino de Geografia, por meio de imagens fotográficas.
Levar nossos(as) alunos a pensamentos mais analíticos sobre as imagens e buscar indagações perante as diversas mensagens visuais presentes nelas pode ampliar o potencial científico de uma fotografia no ensino de Geografia escolar.
A fotografia didática, em suma, tende a ser um registro automático de um espaço cultural. Assim, uma análise sem aprofundamento pode funcionar como uma armadilha ideológica, pois sugere ao espectador aceitar a perspectiva legítima de representação e crer que a fotografia é mesmo um registro do real.
É preciso rever a posição de algumas fotografias que são apresentadas nos livros didáticos e pensar sobre o que estamos representando ao ensinar Geografia. Devemos questionar, como docentes, o que nossos(as) estudantes necessitam para obter maior compreensão acerca dos espaços geográficos. Conduzir uma formação que fortaleça os valores democráticos e éticos junto aos conceitos centrais da Geografia deve ser um compromisso nosso.
Olhando para as imagens geográficas representadas nos diversos livros didáticos do ensino fundamental, observamos que um elevado número dessas representações possui um caráter um tanto duvidoso, estereotipado.
Podemos dizer que são representações visuais que apresentam características semelhantes em uma abordagem cultural e espacial, onde se representam sempre os mesmos elementos naturais e culturais de um espaço geográfico. Portanto, acabam excluindo muitos outros elementos, gerando assim uma concepção de espaço equivocada e indutiva do meio em questão. Ousamos aqui refletir um pouco sobre o significado de “verdade” representado na maioria das fotografias geográficas pertencentes aos livros didáticos. No entanto, para termos um melhor esclarecimento desse fato, recorremos à citação de Wenceslao de Oliveira Jr. para refletir sobre “a aura de verdade irrefutável” de uma imagem: