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Tópico I - Multiletramentos e Ensino de Língua Portuguesa

 

 

Globalização e Linguagens

Questões Centrais do Vídeo:

  • Como você percebe as transformações ocorridas no mundo, desde o advento da internet, em diálogo com a globalização contemporânea?  
  • Como se inserem as novas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) nessas mudanças?
  • Como podemos acompanhar essas mudanças na escola?

Existem divergências teóricas sobre quando, no mundo, surge a globalização. Ao mesmo tempo que vários(as) estudiosos(as) situam a origem da globalização em tempos modernos, outros(as) apontam para seu aparecimento muito antes da era das descobertas e viagens à América pelos europeus. Há até mesmo quem defenda que a primeira globalização dataria do terceiro milênio a.C., o que nos estimula a utilizar, aqui, o termo globalizações, no plural. 

Apesar da observação de todos esses diferentes fenômenos identificados como globalização, é inegável que, no final do século XIX e início do século XX, a conexão das economias e culturas do mundo cresceu muito rapidamente. 

 

Desde o período colonial, a globalização do capital foi progressivamente se instalando em nossa maneira de viver. A globalização da Era Moderna foi violenta e agressiva, matando milhares de nativos (indígenas) e escravizados (africanos), extinguindo línguas e culturas. Posteriormente, fatores decorrentes dela possibilitaram o assalariamento de imigrantes europeus e orientais a preços indecentes. No entanto – e apesar disso – construímos nossa atual noção de identidade nacional, híbrida e heterogênea, com base nesses acontecimentos, com a contribuição desses povos, culturas e línguas. 

Para alguns(mas) teóricos(as), uma segunda (ou apenas outra) globalização corresponderia ao período do imperialismo estadunidense e da Guerra Fria, após a Segunda Guerra Mundial, que durou de 1945 até a queda do muro de Berlim, em 1989: trata-se de um período de infiltração da língua, cultura e ideologia consumista norte-americana, que também acabou por constituir nossa identidade enquanto nação.

 

Os anos 1990 inaugurariam uma terceira (ou segunda, dependendo da vertente teórica) globalização, que o vídeo busca definir, “marcada pela fragmentação dos territórios”, mas também pela unificação do globo em dois grandes blocos, um mundo do Norte e outro do Sul, mantidas as desigualdades entre um e outro.

Dentro dessa perspectiva, teóricos como Boaventura de Souza Santos (2005) nos permitem observar a presença de uma globalização hegemônica, prevalecente e que, representando interesses de grandes empresas e grupos dominantes, sustenta desigualdades; assim como a presença de uma globalização contra-hegemônica, formada por movimentos de resistência a esse fenômeno.

No vídeo, Milton Santos chama a atenção para o fato de que podemos pensar três facetas da globalização: a globalização como fábula, a globalização como perversidade e, finalmente, o mundo como ele pode ser, “uma outra globalização”.


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