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Tópico II - Vídeos na Experimentação em Química

Vídeos e Química?


Cursista, você sabia que é possível construir conhecimento acerca da experimentação em Química por meio de produção de vídeos?

Convidamos você, neste momento, a descobrir que a utilização de vídeos em aulas de Química pode auxiliar na inserção de experimentação no cotidiano escolar, principalmente nos casos em que o ambiente não oferece infraestrutura para tal atividade. Por isso, iremos apresentar alternativas de como vencer algumas barreiras de estrutura física inerentes a muitas realidades escolares, utilizando-se tanto de equipamentos disponíveis pelos estudantes – celulares, câmeras fotográficas etc. – quanto dos disponíveis pela escola.

Caso aceite o nosso convite, você verá que são inúmeras as possibilidades de veicular conhecimentos químicos por meio dessa TDIC, bem como são diversas as formas através das quais você poderá conduzir essa proposta didática. Que tal? 

 

Produção Artesanal de Vídeos


A produção de vídeos caseiros pode ser um recurso tecnológico que estimula a atenção e a criatividade dos(as) estudantes. Presentes em celulares, tablets e laptops, dispositivos com câmeras permitem que imagens sejam capturadas em formas de vídeos. Já que tal recurso é tão próximo do nosso cotidiano, por que não utilizá-lo em nossas aulas de Química? Você, professor(a), pode canalizar esse recurso e a criatividade de seus e suas estudantes, orientando-os a registrar fenômenos ou experimentos químicos com o objetivo de complementar o processo de aprendizagem de inúmeros conceitos.

 

Um exemplo é o vídeo caseiro reproduzido a seguir, disponível no YouTube. Trata-se de uma produção artesanal de um experimento caseiro, no qual um estudante teve o objetivo de demonstrar alguns processos de separação de misturas. Além de o estudante ser o autor e produtor de tal material, ele assume autonomia na construção de seus conhecimentos, ao passo que tem que elaborar o "o quê", o "como", e o "por quê" de tal vídeo, bem como o cuidado em realizar os procedimentos e os métodos adequados para tal objetivo. Ao realizar essa tarefa, o(a) estudante poderá consolidar parte dos conceitos químicos desenvolvidos em aula em seu sistema de significação, tornando a aprendizagem mais expressiva e relacionada ao seu cotidiano. Você e os(as) educandos(as), em sala de aula, podem assistir, sugerir e avaliar as produções, propondo ajustes e consolidando os conceitos químicos.

 

Em aula, vocês ainda poderão montar sua própria videoteca de experimentos em Ciências/Química e postar na web, facilitando o acesso de outras pessoas a esses recursos e auxiliando no preparo de suas atividades educacionais.

Para trabalhar com a produção de vídeos artesanais, faz-se necessário que você conheça alguns aspectos importantes na utilização e na produção desses vídeos. Para isso, você deverá ler o texto “Vídeos em Sala de Aula”, de  J. M. Moran. O autor apresenta uma reflexão sobre a utilização de vídeos como recurso didático e aponta quais os modos mais adequados de se utilizar tal TDIC no processo educacional. Apesar de o texto ser da década de 1990, considerando as evoluções tecnológicas dos dias atuais, ele é considerado um bom referencial teórico.  

 

Antes de direcionarmo-nos para uma discussão coletiva no fórum, solicitamos que você também realize a leitura do texto “Promídia: produção de vídeos digitais no contexto educacional”. Mesmo sendo muito utilizado com fins de entretenimento, as autoras e o autor destacam o largo potencial dos vídeos em contextos educacionais.

Nesse âmbito, com o objetivo de estimular a produção de vídeos para os processos de ensino-aprendizagem, o texto apresenta um protótipo de software, o Promídia, cuja finalidade é auxiliar a criação e a elaboração das principais etapas do processo de produção de vídeos, bem como favorecer o desenvolvimento de uma visão global sobre o processo de produção audiovisual. Ainda no texto, você encontrará justificativas sobre os benefícios da utilização e produção de vídeos no processo de aprendizagem, tais como:

i) o desenvolvimento do pensamento crítico;
ii) a integração de diferentes capacidades e inteligências;
iii) o trabalho em grupos.

Sugerimos, agora, que você visite o blog Com.texto Digital, elaborado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Letras da Unipampa - Bagé/RS. Nele você encontrará indicações de softwares que vão auxiliará-lo na produção de vídeos. Além de estimular a produção de vídeos em sala de aula, indicamos que você faça uma busca de matérias já produzidas e disponíveis no YouTube, em blogs de ensino de Química, como é o caso do e-Química – iniciativa do Laboratório PROEN, do Instituto de Química da UNESP/Araraquara-SP – e da página do Facebook Salada Atômica – produzida por um pesquisador da USP-SP.   

Por fim, indicamos a leitura do artigo “O vídeo educativo: aspectos da organização no ensino”, elaborado por Agnaldo Arroio e Marcelo Giordan. Nesse trabalho, os autores trazem alguns aspectos da cultura e da linguagem do audiovisual em sala de aula, assim como suas implicações, e, em especial, apresentam exemplos e possibilidades dessa forma de linguagem dentro das aulas de Química.


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