Pensando na importância de selecionar os objetos digitais de aprendizagem, vamos debater critérios para escolhê-los e avaliá-los. A fim de auxiliar nesse processo, selecionamos alguns materiais disponíveis na internet.
A Prof.ª Liane Tarouco, do Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, elaborou um material que você terá a oportunidade de observar.
Pioneira e expertise na produção e análise de objetos de aprendizagem, ela é uma das responsáveis pela Revista Eletrônica RENOTE e membro do projeto Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem (CESTA), um dos projetos precursores nessa área no Brasil.
O material elaborado por ela é constituído por dezenove slides, que abordam o conceito de objetos de aprendizagem e como podemos avaliá-los. Para a autora, objetos de aprendizagem são recursos digitais modulares que podem apoiar a aprendizagem. Tais recursos podem conter simulações, animações, imagens, infográficos, hipertextos etc. Para avaliá-los, são utilizados alguns critérios, como a qualidade de seu conteúdo, a sua usabilidade e o seu potencial como ferramenta para promover a aprendizagem pretendida. Você, que atua na área de química, certamente terá os conhecimentos necessários para avaliar um objeto digital para a aprendizagem de conceitos químicos.
Lembramos que um objeto virtual de aprendizagem deve ser capaz de desenvolver no(a) estudante um efetivo processo de construção do conhecimento ou fenômeno químico que você deseja trabalhar. Somente a seleção e a utilização com as turmas, bem como a avaliação do processo vivenciado, poderão garantir a boa escolha de um objeto de aprendizagem.
Por fim, sugerimos a leitura do artigo “Avaliação de um Objeto de Aprendizagem com Base nas Teorias Cognitivas”. Nele, os autores e a autora avaliam objetos digitais por sua concepção de aprendizagem, por meio das concepções empirista, racionalista e interacionista. O artigo ainda apresenta exemplos desses objetos e quais as questões que devem ser respondidas para classificá-los. Caberá a você, ao longo de sua prática docente, avaliar os objetos digitais de aprendizagem e verificar a sua eficácia nos processos pedagógicos de suas aulas de Química. Você poderá trocar ideias com outros(as) colegas ou com suas turmas nesse processo de avaliação. Socializar sua experiência com outras pessoas poderá divulgar e promover o uso dos objetos digitais de aprendizagem na Química.
Outra tendência é o uso de tablets nas escolas. Com modelos diversos e preços cada vez mais acessíveis, esses equipamentos já são utilizados como recurso pedagógico em várias escolas no mundo, e sua utilização aqui no Brasil vem ganhando espaço cada vez maior. Por serem leves, portáteis, cheios de recursos audiovisuais e permitirem acesso à internet, os tablets já estão em utilização com algumas TDIC para a Química e a Física.
Exemplos disso podem ser visualizados em dois vídeos disponíveis no YouTube. Vejamos:
"Química em Tablet" Primeira Temporada: Episódio I
"Química em Tablet" Primeira Temporada: Episódio II
É importante ressaltar que, antes dos tablets, esse tipo de operação já era realizado utilizando-se placas de Petri e retroprojetor. As reações eram projetadas em uma tela ou parede. Os fenômenos eram visualizados e comentados pelo(a) docente com seus alunos e alunas. Ainda hoje, esse tipo de atividade com o retroprojetor é empregada por professores(as) de Química em diferentes turmas e escolas.
Essas possibilidades de utilização dos recursos tecnológicos devem ser trabalhadas intensamente para se buscar uma forma segura e efetiva de seu uso. Imagine, caro(a) cursista, você, juntamente com suas turmas, explorando e aprimorando tais recursos em suas aulas. Com certeza os(as) estudantes dedicarão mais atenção e envolvimento às atividades do que se estivessem apenas ouvindo suas falas e escritas no quadro. Procure testar e inovar suas ações com essas TDIC.
Nesta atividade, convidamos você a organizar, inicialmente, o planejamento de uma aula contendo atividades que envolvam as TDIC apresentadas até o momento. Depois, recomendamos a organização de um plano que explicite e justifique a inserção das TDIC em suas aulas. Para isso indicamos algumas questões que podem ajudar nesta tarefa.
Após organizar sua proposta, você poderá socializar seu planejamento no espaço indicado pelo(a) professor(a) do curso. Assim, você e seus(suas) colegas poderão iniciar um debate sobre os conhecimentos trabalhados neste tópico.
Depois, recomendamos que você organize um plano de atividades (O quê? Como? Quais TDIC serão utilizadas? Links, textos, vídeos etc.) que possa ser desenvolvido com seus(suas) alunos(as). Sugerimos também a socialização desse documento com os(as) demais colegas no espaço indicado pelo(a) professor(a) formador(a).
Ao final, você poderá escolher ao menos um plano desenvolvido pelos(as) colegas de curso para postar seus comentários e sugestões sobre a proposta apresentada por ele(a).
Pronto para começar? Vamos lá!