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Tópico III - Sistemas Interativos

Sistemas Interativos no Ensino de Química


Os sistemas, ou ambientes interativos de aprendizagem, são compreendidos como a construção individual do conhecimento a partir de atividades de exploração, investigação e descoberta (VALENTE, 1999). Por meio deles, os(as) estudantes se tornam mais participativos(as) na construção de seus conhecimentos, ao passo que interagem com eles e os controlam.

Com base na Epistemologia Genética de Jean Piaget (na qual se entende que o sujeito abstrai as características do objeto interagindo com ele, por meio da observação e manipulação das suas propriedades, assimilando-as e acomodando-as em seu sistema de significação), compreende-se que a utilização de sistemas interativos nos processos educativos poderá contribuir para o aprendizado de conceitos científicos, em especial os conceitos químicos. Dessa forma, explorar o potencial de objetos digitais com seus alunos e alunas facilitará o processo de aprendizagem, ao passo que se ampliam os meios pelos quais os diferentes conceitos são comunicados, bem como a forma como essa comunicação é realizada.

Ramos (2008) traz importantes contribuições, ao discutir a incorporação da tecnologia ao processo educativo, e pontua que as tecnologias podem ajudar no desenvolvimento do raciocínio das pessoas.

“Na verdade, acreditamos que a incorporação da tecnologia ao processo educativo cria uma oportunidade ímpar para a estruturação e implantação de novos cenários pedagógicos. Sabemos que o nível de interatividade dessa ferramenta tem potencial para produzir novas e riquíssimas situações de aprendizagem. Devido ao seu potencial pedagógico, pode também ser espaço da cointegração entre disciplinas e, por isso tudo, pode contribuir para a valorização dos educadores e para o seu reencantamento pelo ato de educar." (RAMOS, 2008, p. 23).

Mas de quais tipos de tecnologias educativas estamos falando? Bom, podemos dizer que existe a proposta de divisão em dois tipos de ferramentas tecnológicas utilizadas para a educação.

O primeiro tipo é relacionado a um enfoque algorítmico, tendo como dinâmica a transmissão de conhecimento do sujeito que sabe para o sujeito que deseja aprender. Exemplos são os tutoriais ou softwares que assumem as funções de um tutor. O segundo tipo é denominado heurístico. Nesse, o aspecto predominante na dinâmica do processo de aprendizagem se dá por meio da experimentação ou por descobrimento. Nesse caso, softwares desenvolvidos não trazem as atividades previamente definidas, pelo contrário, estas deverão ser desenvolvidas pelos alunos e alunas.

Antes de mergulharmos na realidade da Química por meio de softwares e simuladores, sugerimos a leitura do texto “Informática aplicada à aprendizagem da Matemática” (RAMOS, 2008), a fim de você poder ampliar seus conhecimentos e discussões sobre as tecnologias no processo educativo.


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