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Tópico III - Sociologia e TDIC em Sala de Aula

Introdução

Cara e caro cursista, neste tópico do curso pretendemos discutir, incentivar, sugerir e articular experiências educacionais, mediadas pelas TDIC, a partir das leituras sociológicas dos temas vistos nos tópicos anteriores, socialização e identidades.

Pensamos que, nos espaços escolares da Educação Básica, em particular do Ensino Médio, o desafio do ensino de sociologia possa ser traduzido pelo incentivo a formas inovadoras e criativas que possam formar, tanto os(as) professores(as) quanto os(as) estudantes, para ler e interpretar, sociologicamente, seu cotidiano.

Nesse sentido, as tecnologias de informação e comunicação, a internet e as redes sociais, bem como celulares, smartphones, e outros aparelhos móveis e plataformas digitais, podem se tornar ferramentas imprescindíveis para os processos de transformação e alteração da consciência acerca de nossa própria realidade. O uso inovador e reflexivo dessas ferramentas digitais pode contribuir, não apenas para facilitar a exposição de conceitos e perspectivas sociológicas abstratas, mas também para proporcionar a construção de formas de conhecimentos que enriqueçam e deem novos sentidos aos saberes tecnológicos com os quais boa parte dos(as) estudantes estão familiarizados. Não se trata, portanto, do uso meramente ilustrativo de materiais audiovisuais. Para além disso, nossa perspectiva é a de que vídeos, músicas, plataformas digitais, softwares e aplicativos, redes sociais, entre outras tecnologias digitais, possam ser concebidos como “textos” e “narrativas” que deem sentido às próprias experiências das chamadas “culturas juvenis” contemporâneas.

Este tópico pretende também contribuir para que o professor e a professora criem e gerenciem bancos de dados para ser utilizados no cotidiano dos espaços escolares. A ideia é que as ferramentas acima possam estar sempre disponíveis e que sejam utilizadas conforme os temas de sociologia tratados em sala de aula.

Por fim, uma questão não menos importante. A percepção do “outro” em sala de aula, isto é, dos estudantes, de seus saberes, habilidades e identidades, constitui o cerne da experiência da “alteridade” e da capacidade de se transitar entre aquilo pelo qual nos “identificamos”, subjetiva e concretamente, e a diversidade de expressões e manifestações para além de nós mesmos. E essa transição é sempre uma questão delicada, sobretudo no contexto escolar: afinal, as manifestações de intolerância das mais diversas ordens (sociais, religiosas, étnicas, políticas, de gênero e sexualidade, de classe e renda, estéticas, dentre outras), estão presentes no nosso dia a dia.

Assim, esse tópico é também uma aposta em um exercício sociológico, de caráter reflexivo, que julgamos ser importante nas aulas de sociologia no Ensino Médio. Por meio das TDIC, essa reflexão pode contribuir não apenas para o reconhecimento do valor da diferença e da diversidade, mas sobretudo para que os(as) jovens possam ser protagonistas na construção de ferramentas cognitivas, digitais e não digitais, que assegurem uma experiência mais plural e democrática em sala de aula.


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