“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”
(Paulo Freire, 2000, p.31)
Se alguém lhe pedisse para expressar seu sentimento com relação ao momento atual da humanidade numa única palavra, um dos termos prováveis poderia ser “crise”, afinal estamos vivendo processos acelerados de mudanças sem destino certo. Nesses momentos, qual é a atitude mais sensata? Seria buscar entender como essas crises são geradas e quais são as alternativas e os caminhos para acompanhar o rumo das mudanças?
A partir dessa palavra, podemos pensar que as crises em questão são mundiais (ambientais, políticas, econômicas, sociais) e afetam a escola, trazendo novos contornos para os problemas que a escola traz desde sua formação, que nascem da contradição do projeto da escola moderna, com a massificação desejada pelos setores progressistas que esbarrou na forma como a escola foi historicamente organizada, para a formação das elites. Assim, à medida que ocorreu a massificação, a velha e permanente crise passou a ser denominada de “fracasso escolar”. O caráter seletivo e qualificador da “boa educação” produziu um número cada vez maior de excluídos.
O ideal da “escola para todos” foi finalmente alcançado no Brasil, mas que escola?
Hoje o desafio que permanece é o de uma escola que garanta educação de qualidade como um direito de todos(as).