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Tópico IV – Integração das TDIC nas Escolas: O que Professores(as) e Alunos(as) Precisam Saber?

Introdução

 

A maioria das pesquisas e dos estudos para a integração das TDIC na educação concentra-se no relato e na análise de casos e experiências, na descrição de boas práticas, no desenho e na implementação de novas ferramentas. Tudo isso é muito importante, sem dúvidas. Porém, ter referências conceituais sobre o que os(as) professores(as) e alunos(as) precisam saber ajuda-nos a ir além da identificação e do relato de problemas, oferecendo-nos novas maneiras de olhar para esses processos e contextos por meio de novas informações e de bases mais consistentes para as nossas decisões (MISHRA; KOEHLER, 2009).

Esse é o foco dos estudos deste quarto tópico. Nosso diálogo continua. Esperamos esteja valendo a pena para todos(as)!

Saberes Necessários aos(às) Professores(as) na Integração das TDIC nas Escolas: O Modelo TPACK

 

Koehler e Mishra (2009) apresentaram uma proposta de modelo para definir o que um(a) professor(a) deve saber para incorporar as TDIC em suas práticas pedagógicas. Os autores chamaram-no de Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK), cuja tradução seria algo como “Conhecimento disciplinar (conteúdo) pedagógico tecnológico”.

Como o nome do modelo indica, seus autores organizaram-no a partir de três dimensões primárias de conhecimento: 

  • o pedagógico (PK);
  • o conteudístico disciplinar (CK); e
  • o tecnológico (TK).

Mesmo tendo clareza de que há outras dimensões importantes na prática educativa – como o conhecimento dos parâmetros e das diretrizes curriculares vigentes, do contexto social e cultural dos educandos –, os autores elegeram as dimensões citadas entendendo que todo modelo é uma simplificação da realidade.

A força conceitual do modelo TPACK surge quando essas dimensões primárias (que são também tratadas isoladamente) são combinadas, gerando quatro outras dimensões de saberes essenciais aos(às) professores. Esses conhecimentos são: 

  • pedagógicos disciplinares (PCK);
  • tecnológicos disciplinares (TCK);
  • pedagógicos tecnológicos (PTK); e
  • pedagógicos tecnológicos disciplinares (TPACK). 

 

Essas dimensões secundárias, advertem os autores, não resultam somente na junção dos saberes das dimensões primárias correspondentes, mas em novos campos de saber, mais complexos e que, por isso mesmo, potencializam a ação pedagógica. 

 

 

Segundo Koehler e Mishra, "[...] Cada situação com que o professor se depara é uma única combinação desses três fatores e, desse modo, não há uma única solução tecnológica que seja adequada para todo professor, curso, ou concepção pedagógica. Ao invés disso, a solução reside na habilidade de o professor navegar de modo flexível entre os espaços definidos por esses três elementos (o conteúdo, a pedagogia e a tecnologia) e as interações complexas entre eles em cada contexto específico. Ignorar a complexidade inerente a cada componente de conhecimento ou a complexidade das relações entre os eles pode levar a soluções simplistas e ao fracasso". (2009, p. 66).

 

 

A seguir, descreveremos cada uma dessas sete dimensões de conhecimento – as três primárias mais as quatro secundárias. Estejam atentos(as) para as novas ideias que essas referências conceituais estão trazendo, afinal um conceito ou uma teoria são bons quando nos oferecem boas ideias, não é mesmo?

 

 

 


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