Neste último tópico, chegamos a um momento muito especial, a atividade final de nossos estudos, em que você é convidado(a) a construir uma proposta de atuação: um plano para a formação de professores(as) numa escola em que você venha atuando como formador(a).
Situado(a) neste contexto real escolhido, planeje e discuta com seus(suas) colegas a viabilidade da implantação de seu projeto em parceria com seu local de trabalho.
Desse modo, você estará colocando em atividade as lentes que nossos estudos tentaram construir até aqui, dando vida ao que Paulo Freire chama de admirar-se. Com essas novas lentes, podemos ser capazes de visibilizar outras facetas da realidade, sendo possível percebemos como viáveis algumas mudanças que antes nem imaginávamos.
Os dois primeiros tópicos tiveram um caráter mais abrangente e contextual. No Tópico I, trouxemos a discussão do importante papel que cabe às escolas na construção de um projeto sociocultural de enfrentamento dos desafios trazidos pela cultura digital, e sua atividade final consistiu na construção de um ensaio para situar e justificar teoricamente a proposta a ser construída.
O Tópico II abordou a construção identitária na atualidade e como ela se molda por profundas reconfigurações e deslocamentos das formas de sociabilização, gerando uma grande “elasticidade cultural”. No caso de crianças e jovens, essa "elasticidade" é estimulada pela facilidade que eles(as) têm em aprender os novos “idiomas” dos multiletramentos digitais. Isso ajuda-nos a pensar em modos de inserção dos(as) jovens na construção do projeto da escola e no plano de formação continuada dos(as) professores(as).
Os Tópicos III e IV deram enfoque à escola e à integração das TDIC ao currículo com aportes vinculados à formação de docentes. No III, buscamos entender como se constrói o saber e o fazer docente, o que nos deu bases para a construção de diretrizes gerais norteadoras para a formação docente e para um mapeamento das principais dimensões das ações do setor de tecnologias de uma rede de ensino.
Finalizando, no Tópico IV, discutimos sobre os saberes necessários aos(às) professores(as) e aos(às) alunos para a integração das TDIC nas escolas. Vimos o modelo TPACK, que consideramos ser um excelente apoio conceitual quando analisamos o que os(as) professores(as) precisam saber para trabalhar com crítica e criatividade nessa integração. Pensamos também sobre a necessidade de termos mais clareza em relação aos saberes necessários para as crianças e os(as) jovens nesse contexto.