Definidos os objetivos, é hora de partir para a construção coletiva do plano de formação. Isso não apenas organiza o que vai ser feito, por quem e quando, como também permite o acompanhamento e a coordenação das ações coletivas.
Sua construção é simples: para cada objetivo traçado, devem ser discutidas e escolhidas as alternativas e possibilidades de estratégias mais desejadas e exequíveis. Depois, é preciso definir quem fica responsável pela execução das ações, qual é o cronograma de execução e quais os recursos necessários.
Nesta etapa, é recomendável uma discussão para o detalhamento dos aspectos sugeridos abaixo.
Quais serão os critérios de avaliação?
Como dar continuidade à ação caso surjam dificuldades?
Como assegurar a participação de todos(as) no processo decisório, de modo a acompanhar a execução do plano de formação e incorporar suas sugestões?
De que maneira coordenar o processo integralmente, garantindo sua avaliação continuada e a possibilidade de ajustes e adaptações necessárias?
É importante que o plano de formação determine os mecanismos para a manutenção da visibilidade das diferentes interações (decisões, resultados etc). Se muitos desses aspectos ficarem invisíveis, pode-se chegar a uma perda da visão compartilhada ou visão comum (RAMOS, 1996), que é fundamental para a manutenção dos processos cooperativos. Se a maioria das interações forem baseadas em acordos verbais e não existirem protocolos coletivos claros de registro das informações, a continuidade do processo participativo pode ficar comprometida.