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Tópico IV - Gestão das TDIC na Escola

As TDIC na Escola

Em seu artigo “Tempos e espaços na organização curricular: uma reflexão sobre a dinâmica dos processos escolares”, Juares da Silva Thiesen afirma que hoje existem condições que, de alguma forma, facilitam essas mudanças.

“Atualmente, há maior liberdade para que os sistemas educacionais reestruturem suas redes. A legislação, no que concerne ao campo curricular e pedagógico, está mais flexível. As agências formadoras buscam assimilar as contribuições teóricas mais recentes e trazem esse debate para o âmbito de seus currículos. As tecnologias estimulam experiências significativas. O campo do debate em torno das questões da educação e da escola amplia-se visivelmente. Os processos de formação continuada vêm auxiliando as escolas em seus planejamentos pedagógicos e na ressignificação de suas práticas.” (THIESEN, 2011, p. 251).

O autor afirma também que hoje, na educação, vivemos um movimento de transição, de coexistência entre velhos conceitos e iniciativas que “[...] desafiam um modelo mais tradicional, mas que ainda não encontram sustentação suficiente para uma transformação mais efetiva da realidade". (THIESEN, 2011, p. 251).

Porém, o mais novo espaço e talvez o mais polêmico e rico em possibilidades de aprendizagem é, sem dúvida nenhuma, a internet, que se configura como um local em que não há limites, nem barreiras para qualquer pessoa acessar ou publicar uma informação. Ninguém determina de antemão o que deve ser feito, estudado, aprendido, pensado. As pessoas leem, publicam, dão opiniões, se reúnem em comunidades virtuais por afinidades que ultrapassam fronteiras geográficas e linguísticas, e cada um contribui de acordo com suas competências individuais para enriquecer a inteligência coletiva.

Mas como gerenciar esse e outros espaços de interação e aprendizagem que as tecnologias propiciam? Como gerenciar os novos canais de comunicação? Como lidar com a tênue fronteira entre público e privado nas mídias sociais? Como mediar conflitos que rapidamente avançam além dos muros da escola, são exibidos virtualmente ao vivo, alcançam as famílias antes mesmo de chegar ao conhecimento da coordenação ou direção da escola? Essas são questões que, sem dúvida, estão presentes no dia a dia da gestão das escolas por todo o país.

Consideramos que a informação de boa qualidade e o diálogo configuram-se como o ponto de partida para encontrar soluções criativas e viáveis para cada realidade.

gestão democrática e participativa é, sem dúvida, a base para que o diálogo se estabeleça, para o planejamento conjunto (coordenadores, professores, alunos, pais, colegiados, funcionários) de estratégias para organizar esses novos espaços. Nesse sentido, podemos pensar em um coletivo ampliado que inclua também parcerias com profissionais dos Núcleos/Centros de Tecnologia Educacional, Secretaria da Educação, universidades etc., as quais são sempre bem-vindas.

É preciso estar atento às oportunidades, procurando identificá-las, conhecê-las e trazê-las para o interior da escola. Isso resultará em envolvimento, responsabilidade, proximidade de todos os atores.


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