Se antigamente tínhamos, de um modo geral, quatro gerações convivendo (avós, pais, filhos e netos), e, quando muito, três gerações atuavam no mesmo espaço, hoje, experimentando o aumento da expectativa de vida, os resultados de transformações sociais e tecnológicas que imprimem fortes mudanças comportamentais em nível planetário, podemos ter cinco ou mais gerações convivendo e atuando nos mesmos espaços, o que adiciona maior grau de complexidade, especialmente em ambientes de aprendizagem e de trabalho, uma vez que cada geração possui características, referências e valores distintos, alguns até mesmo conflitantes. Além disso, cada geração convive com os recursos do seu tempo, e a relação de cada uma delas com estes recursos no seu dia a dia também é distinta.
O modo como o rádio estava presente no cotidiano dos jovens na década de 1950, por exemplo, é diferente do modo como a televisão esteve presente no cotidiano dos jovens na década de 1980 e de como o celular está hoje presente na vida dos jovens. Os usos que cada recurso propicia definem a qualidade e a intensidade das experiências que poderemos vivenciar no nosso dia a dia. E reparem que tanto o uso quanto as possibilidades de experimentar novas sensações e vivenciar novas experiências têm ocorrido cada vez mais cedo na vida das pessoas. Basta observarmos hoje uma criança bem pequena (nativa digital) utilizando um tablet ou um celular com a maior naturalidade..
As pessoas, a sociedade e as organizações, incluindo as escolas, precisam olhar com mais atenção para o que está ocorrendo com as sucessivas gerações, de modo a aprenderem como lidar com elas e potencializar os resultados das pessoas tanto no campo pessoal, quanto no acadêmico e no profissional (OLIVEIRA, 2012).
Podemos olhar de forma didática para as diferentes gerações, procurando delinear o contexto em que viveram e suas características marcantes derivadas desse contexto. Uma classificação mais divulgada atualmente é apresentada por Oliveira (2012):