Ir para página anterior Ir para próxima página

Ícone
Tópico II - Características das Gerações que Convivem na Escola

Belle Époque

 

Os jovens da geração Belle Époque (1920–1930) herdaram a tarefa de reconstruir um mundo que havia sido destruído por duas guerras mundiais e vivido um período de profunda depressão econômica entre elas. E eles não tinham alternativa! Essa época foi também marcada por muitas migrações. As pessoas decidiam mudar até mesmo de país, separando-se das suas famílias em busca de condições melhores de vida, fugindo da intolerância e da miséria resultante dos conflitos.

Ainda sob a forte influência de uma sociedade fundada na cultura militar, que privilegia a ordem, a hierarquia e a disciplina, esses jovens experimentaram e reproduziram modelos rígidos de organização e conduta. Cansados das guerras, pretendiam construir uma sociedade perfeita. Essa lógica ficou culturalmente marcada nos Estados Unidos como “Anos Dourados”, mas repercutiu no mundo de uma maneira geral.

 

 

Institui-se o famoso ditado “primeiro o dever, depois o lazer”, os padrões de exigência e autoexigência eram rígidos, a disciplina inquestionável. Na família, na escola e no trabalho, era exigido respeito incondicional às hierarquias instituídas, sendo a desobediência clara e exemplarmente punida.

Isso pode hoje parecer inconcebível, mas era a lógica que as pessoas da época herdaram e aprenderam a considerar como a mais eficiente para resolver as questões do momento. Os jovens dessa geração tiveram muitos filhos, as famílias eram grandes e os papéis sociais eram bem marcados: pais “provedores”, mães “rainhas do lar” e crianças eram “crianças”, que, sem permissão de entrar no mundo dos adultos, tinham que se sujeitar às restrições impostas para cada idade.


Ir para página anterior Ir para próxima página