Mas, como nada é para sempre, quando os filhos dessa geração chegaram à juventude, os Baby Boomers (1940–1950) começaram a contestar a rigidez do modelo instituído, a ordem generalizada e incontestável não era mais simplesmente aceita. Eles contestavam a infalibilidade dos modelos vigentes de organização e poder – como o de Estado, família e escola – experimentavam novas alternativas de vida. E fizeram isso nas ruas, de maneiras até então inusitadas, como no modo de se vestir, nas manifestações culturais (o rock, a tropicália e a bossa nova no Brasil) etc. Iniciam-se nesse período os “Anos Rebeldes”.
Essa atitude contestatória desses jovens trouxe conquistas importantes, das quais podemos destacar: a discussão sobre a diversidade (racial e sexual), o pacifismo e a mudança dos papéis sociais vigentes, especialmente o da mulher. Avanços, como a pílula anticoncepcional e a regulamentação do divórcio em vários países, ajudaram a consolidar as mudanças que ainda estavam por vir.
Os Baby Boomers procuraram constituir instituições menos hierarquizadas, adotar métodos de ensino mais flexíveis. Tinham menos filhos, abriam a possibilidade de participação da mulher e dos filhos nas decisões. O pai não é mais o único provedor, a mulher já está presente no mercado de trabalho, embora frequentemente só possa exercer funções consideradas “femininas”. Os recursos ainda não eram abundantes, por isso até os filhos eram estimulados a serem economicamente ativos, não sendo raro estarem trabalhando já na adolescência. Veja na ilustração como Villela da Matta (2013) apresenta um resumo interessante dessa geração: