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Tópico II - Características das Gerações que Convivem na Escola

Geração X

Como filhos dos Baby Boomers, vivenciando desde a infância ambientes com maior abertura e agora tendo a televisão como norteadora de novos valores para a sociedade, em especial o consumismo, as crianças da recém-chegada Geração X (1960– 1970) aprendem que deveriam querer muitas coisas e, para consegui-las, bastava pedi-las aos seus pais. O famoso “querer é poder” está instituído pelo mercado.

Mas essas crianças também aprenderam cedo que nem sempre conseguiam o que desejavam, porque os pais não tinham recursos suficientes para isso. Essa foi uma época marcada por revoluções culturais e sociais, mas também viveu uma grave crise econômica, a crise do petróleo, que teve sérias repercussões mundiais. Não havia recursos disponíveis para satisfazer todos os desejos das pessoas!

No Brasil, estávamos em pleno regime militar e, entre 1968 e 1973, vivemos o chamado “milagre econômico”, que levou o país e as pessoas a se endividarem muito além da conta. Casas, carros, eletrodomésticos, tudo parecia ao alcance de todos. Porém, a realidade vivenciada não era de tanta abundância. Era preciso compartilhar muitas coisas, como: telefone (quando havia!), banheiro, televisão, quarto, roupas e brinquedos, e isso acabou despertando na Geração X uma necessidade de individualidade, de independência.

 

 

 

Assim, esses jovens começaram a buscar e a produzir facilidades que os permitissem realizar com mais intensidade seus desejos, sendo impulsionadores de vários avanços tecnológicos. Assim, a televisão ganhou controle remoto, tornou-se portátil e foi para todos os cômodos da casa, equipamentos de videocassete propiciavam flexibilidade de horário para assistir aos programas e filmes favoritos, os telefones ganhavam extensões e versões sem fio, secretárias eletrônicas atendiam chamadas, e pages facilitavam a comunicação rápida de mensagens curtas onde quer que a pessoa estivesse, até que chegaram os celulares.

Esse empenho da Geração X foi gerador de grandes avanços tecnológicos, especialmente a popularização dos eletroeletrônicos, que também passaram a ser indicadores de status social. Não foi por acaso que a alta competitividade e o comportamento workaholic foram fortemente associados a essa geração. Muitos trabalhavam além da conta não só para ter conforto e dar conforto à sua família, mas também por motivos fúteis, ganância e vaidade. E, como a “alma do negócio” era manter-se produtivo para sonhar e garantir seus próprios confortos e prazeres, a busca pela juventude tornou-se parte do comportamento dessa geração. A ilustração a seguir apresenta um resumo de Villela da Matta (2013) das principais características dessa geração:

 


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