Os jogos permeiam a vida social dos mais diversos grupos de nossa sociedade, tendo grande participação no mundo do entretenimento infantil e adulto. Mas, para além de seu papel lúdico, os jogos têm sido frequentemente empregados no mundo dos negócios por conta de suas teorias de análise de dados, e utilizados como simuladores para o treinamento estratégico das forças armadas.
Jogar desenvolve diversas habilidades, como leitura de imagens e resolução de problemas, antecipação de acontecimentos, raciocínio lógico-matemático.
Recentemente, passou-se a estruturar os conceitos por trás da prática de jogar para se compreender e aplicar essas ferramentas de análise na resolução dos mais diversos problemas, de forma sistemática.
Alguns teóricos que estudam especificamente o campo dos jogos nos permitem entender um pouco mais o papel que eles desempenham em nossa vida diária.
De acordo com Gilles Brougère, um dos maiores especialistas em jogos e brinquedos na atualidade, é o contexto social que determina quais serão as brincadeiras/jogos escolhidos e o modo como eles serão realizados. Seus estudos indicam que sobretudo as crianças se baseiam na realidade imediata para criar um universo alternativo. Graças a um acordo entre os participantes, todos sabem que aquilo é "de brincadeira", de faz de conta.
Também os estudos de Walter Benjamim (1984), pensador da Escola de Frankfurt, acrescentam a essa discussão. Em seus escritos, este autor indica a necessidade de se jogar com as crianças como forma de ensinar hábitos e práticas sociais do cotidiano. É por meio do jogo que a criança vivencia experiências que socialmente não pode vivenciar, como viajar sozinha para uma floresta em busca de tesouros perdidos. Também é por meio dos jogos que muitas regras básicas são trabalhadas e internalizadas, como conceitos de boas maneiras, matemática básica, desenvolvimento da oralidade, etc.