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Tópico I - Cibercultura

Fases da Cibercultura

Embora tenha poucas décadas de existência, a cibercultura já atravessou algumas fases. A primeira delas, que veio a ser chamada de Web 1.0, foi a época em que surgiram os e-mails, forma de comunicação escrita emitida e recebida on-line, bastando para isso um endereço eletrônico e um provedor de acesso. Pouco depois, o e-mail foi incrementado pelo envio de arquivos, imagens, vídeos, softwares etc., anexados. Também são dessa época as salas de chats, bate-papos grupais, nas quais se podia conversar ao digitar os comentários e ver as respostas dos outros participantes na tela.

Então, a partir do final dos anos 80, a World Wide Web (WWW) passou a oferecer a seus usuários um número incontável de sites e links de informação.

A partir disso, a rede explodiu. Foi adotada não só pelas universidades, mas também pelo grande público. Corporações e instituições de todas as espécies lançaram-se na corrida pela construção de seus próprios sites e, pouco mais tarde, portais. A profissão do web designer surgiu, sites comerciais proliferaram, apresentando-se como lojas, supermercados e shoppings virtuais. Ao mesmo tempo, milhares de artistas e profissionais de todos os tipos encomendaram a construção de seus sites e home pages. Perambulando entre conexões, milhões de usuários participavam de fóruns profissionais, trocavam ideias, faziam política, tinham acesso a bibliotecas e a bancos de dados, participavam de jogos ou programas educativos. Tudo isso ainda continua vivo, mas agora incrementado e facilitado por plataformas que colocam os usuários no foco de suas atenções.

 

Enquanto a Web 1.0 centrou-se no conteúdo fornecido por uma pequena população que dominava as técnicas das páginas estáticas, a Web 2.0 passou a ter o foco no usuário, o que tem democratizado a Web, por meio da priorização da conectividade social nos conteúdos gerados e mantidos. Para isso, as plataformas básicas são as Wikis, os blogues e, certamente, as redes sociais. Enquanto os verbos característicos da Web 1.0 eram disponibilizar, buscar, ter acesso e ler, na Web 2.0, as novas palavras de ordem são expor-se, trocar, colaborar em atividades de interação que encontram suas bases em princípios de confiança e de compartilhamento. Esses princípios expandiram-se com o desenvolvimento das redes sociais. Estas são uma categoria de softwares sociais com aplicação direta para a comunicação mediada por computador. As mais conhecidas no Brasil são o Orkut, o Twitter e o Facebook.

 

Hoje, já estamos adentrando os territórios da Web 3.0, a Web semântica, que tornará nossas buscas pela Web mais facilitadas. Para isso, porém, iremos pagar o preço da invasão cada vez maior, para o bem e para o mal, de nossa privacidade.

Uma das principais razões para a explosão das redes sociais da internet deve-se ao advento dos dispositivos móveis, tais como laptops, i-phones, i-pads e outros tipos de tablets. Conectados às redes, esses aparelhos permitem que tenhamos acesso à informação e à comunicação de qualquer lugar para qualquer outro lugar ou pessoa. Em função disso, encontramo-nos hoje em plena era da mobilidade, que nos permite estar, ao mesmo tempo, nos lugares físicos que ocupamos e nos lugares informacionais e comunicacionais que desejamos.


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