Esta estratégia favorece um processo de construção de conhecimento ativo e autônomo, de maneira que os(as) alunos(as) sejam orientados(as) não apenas pelos conteúdos de ensino oferecidos, mas pelos seus saberes prévios e interesses de aprendizagem (SCHANK & CLEARY, 2013). Nesse processo, os alunos e alunas devem desenvolver competências para definir o que devem buscar, a partir da formulação de perguntas e definição de objetivos; como e onde irão buscar, ou seja, quais estratégias de pesquisa, a partir das diferentes possibilidades de recursos; e deverão, também, selecionar e analisar criticamente os resultados encontrados, integrando e contrapondo múltiplas perspectivas e visões, que são atividades fundamentais do processo de investigação científica (BRANSFORD et al., 2003; BODZIN;PARK, 2002).
Na aprendizagem da busca autônoma por informações, é necessário que se discuta a respeito das ferramentas de busca e os critérios de seleção das fontes. A nossa sugestão é que esses critérios sejam criados e discutidos pela turma. Dialogar sobre como é possível averiguar a legitimidade das informações é de grande importância nesse processo.
Mas não basta analisar a legitimidade da informação. Os meios de comunicação viabilizam a produção e a circulação de uma série de valores, concepções, representações relacionadas a um aprendizado cotidiano. Dessa forma, é essencial perceber os espaços da mídia como espaços que se constituem como lugares de formação – estando ao lado da escola, da família, das instituições religiosas, entre outros (FISCHER, 2002).