Na tentativa de ler uma imagem, devemos saber que estamos buscando referenciais em um foco estabelecido pelo(a) espectador(a) de um espaço, ou seja, um foco do(a) fotógrafo(a), do(a) desenhista(a), do(a) cinegrafista, do(a) grafiteiro(a). Esses recortes de espaços e paisagens feitos pelos mais diversos reprodutores de imagens são focos perceptivos, possuem algum ideal, pois, ao se escolher um foco, outros são excluídos.
Na análise, é necessário pensar além e aquém da imagem, e ainda no que não estamos contemplando visualmente. Esse reconhecimento de alguns limites extremos do processo de produção de imagens exige treinamento, pois ainda não os reconhecemos com tanta facilidade. Não é por acaso que as grandes indústrias de marketing investem cada vez mais na propaganda visual.
A análise de uma imagem não é e não será feita por uma metodologia fixa, exata ou cartesiana, sendo necessário um processo de estudo em devir, dinâmico e maleável aos nossos objetivos. Por outro lado, termos algumas direções nesse processo pode ser um grande subsídio para futuras experiências com diferentes métodos de análise de imagem.
Para fazermos uma análise, podemos dizer que necessitamos de alguns esforços e um pouco de imaginação, pois para compreender melhor o que a mensagem visual nos apresenta concretamente, necessitamos nos esforçar para imaginar quais outros sentidos poderíamos interpretar.