Agora, daremos um salto de alguns séculos na história em nossa discussão sobre o conceito de paisagem: vamos pensar o que é paisagem hoje. Assim, procuraremos entender como novas demandas tecnológicas podem reconfigurar e transformar a forma como nós, docentes, pensamos a paisagem e como podemos trabalhar esse conceito com nossos(as) estudantes. Que estratégias didáticas temos em mãos? Como nossos(as) alunos(as), que utilizam diferentes tecnologias em seu dia a dia, estão relacionando sua vida à concepção geográfica de paisagem?
Pensemos sobre como as novas narrativas digitais estão transformando não somente a paisagem como ambiente físico, mas também sua consolidação teórica. Cada vez mais, novos recursos tecnológicos simulam transformações, reconfigurações e criações em paisagens, atuais ou históricas. A manipulação de imagens estáticas e em movimento tem se expandido cada vez mais nas redes sociais, na publicidade, no planejamento urbano, nas redes cinematográficas e na rede de jogos digitais, ou seja, paisagens reais são adaptadas, paisagens passadas são reconstruídas e paisagens futuras são projetadas. Veja neste site uma série de mapas interessantes que exemplificam como as imagens estão intimamente atreladas à Geografia.
Em nossas aulas, hoje, a busca por novas concepções ou melhores formas de trabalhar as imagens que representam paisagens demanda pensarmos em como incluir também as novas tecnologias digitais na escola. Tomamos a liberdade de conceituar a paisagem segundo a concepção vigente e escolar que a entende como tudo que nos cerca, que nos influencia, que percebemos e observamos, resultado do trabalho recíproco da natureza e da sociedade no planeta Terra.
