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Tópico IV - Multiletramentos na Esfera Jornalística

Reportagem Multimídia (Continuação)

 

Agora já temos condição de começar a buscar por uma definição do gênero digital reportagem multimídia. Para tanto, assista ao vídeo a seguir, elaborado por Franciele Arnold e Marco Prass, no qual essa definição é discutida. 

No vídeo, o Prof. Micael Vier Behs  afirma:

"O grande desafio quando se fala em reportagem multimídia acho que não é justamente a gente pensar 'como devemos escrever para a Web', mas a grande questão que surge no horizonte de discussões é 'como devemos estruturar', 'como devemos arquitetar' a reportagem multimídia em um espaço que a gente sabe que é ilimitado e que permite ao jornalista constituir a sua narrativa a partir do somatório de elementos como áudio, vídeo, slideshow, texto, foto, galeria de imagens etc." (grifo nosso)

Fonte: Projeto... (2013).

 

Vamos reter este termo usado pelo Prof. Micael: “arquitetar”, que nos parece bastante exato: o que faz uma reportagem multimídia ser melhor ou pior é sua arquitetônica, ou seja,  a maneira como é arquitetada a sua disposição ou como se dá a composição digital para viabilizá-la. Certo: ela é interativa com o(a) leitor(a), que pode escolher o seu próprio percurso, e é composta por diferentes linguagens e mídias (multi ou hipermídia), como o Prof. Micael enumera, mas o que faz uma boa (ou má) reportagem multimídia é sua arquitetônica.

Nesse sentido, qual você acha a melhor arquitetônica das duas reportagens multimídia que vimos? Dunas: proteção costeira em xeque ou Invasão do Iraque – 10 Anos: 2003-2013?

Dunas parece bem melhor “arquitetada” que Invasão do Iraque, não? Escolher uma paisagem animada (mar em movimento), que reflete o tema central da reportagem (dunas e proteção costeira) e que funciona como “âncora” da narrativa jornalística e, ao mesmo tempo, como um “sumário" ou "índice” dos temas centrais recheados de maneira multimídia parece bem mais criativo, amigável para com o leitor e interessante do que simular uma (confusa) primeira página de jornal, não? Dessa forma, Dunas parece mais bem arquitetada e, portanto, mais bem composta.

Agora, vamos avaliar o que é uma boa (ou má) arquitetônica. Desta vez, selecionamos um texto da editoria de Cultura: o infográfico multimídia Trem do Samba, parte de uma reportagem da Revista Superinteressante, de autoria de Otavio Cohen, Daniel Apolinario, Fred Di Giacomo, Danilo Vespa, Karin Hueck, Raquel Sodré, Carolina Vilaverde, Natália Becattini, Laura Rittmeister, Juliana Moreira e Fabricio Miranda.

Acesse o infográfico multimídia Trem do Samba.

 Pelas informações da página de acesso, o que serviu de inspiração para a arquitetônica e depois a composição desse infográfico multimídia?

 Quais recursos de composição foram usados para viabilizar a arquitetônica de Trem do Samba?

 Quais as possibilidades de navegação e  de interatividade esse infográfico oferece ao leitor?

 Durante a sua navegação pelo infográfico, você encontrou algum problema na forma de composição?

 Quais os recursos de mídia e linguagens utilizados no infográfico?

 O que falta a esse infográfico multimídia para que ele se transforme em uma reportagem multimídia?


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