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Tópico III - Corpo, Saúde e Estética

Juventudes e TDIC

 

No âmbito das culturas juvenis, além da importância do próprio corpo como símbolo identitário e como linguagem, também é relevante a apropriação das TDIC pelos(as) jovens, num processo quase naturalizado do seu uso em diversas situações comunicativas do cotidiano juvenil.

O domínio dessas tecnologias, sob a perspectiva de um autêntico letramento digital, amplia as possibilidades dos(as) jovens para criar e explorar canais de participação e de comunicação interpares, desenvolver formas mais ativas de aprendizagem, ter maior autonomia em situações de pesquisa etc.

Todavia, todo esse imenso repertório de oportunidades de construção de uma cultura digital colaborativa e autoral, típica das juventudes, é muito pouco acolhido, valorizado e incentivado nas escolas. Cursista, você já considerou que um possível motivo para essa desvalorização pode ser o fato de, muitas vezes, os(as) professores(as) sequer terem noção das possibilidades abertas pelas TDIC para a educação tradicional? Será que esse desconhecimento se dá por motivo de insegurança, já que para isso precisam reconhecer, em muitos casos, que sabem menos que os(as) alunos(as) sobre esses temas e têm sua autoridade, baseada no domínio do conhecimento, posta à prova?

 

Para Pensar!

 

Ao refletir sobre as relações entre corpo, saúde, estética e TDIC, o foco de nossas atenções aponta para os discursos disseminados sobre saúde e estética corporal em conteúdos on-line disponíveis na internet. Esses conteúdos são cotidianamente acessados pelos(as) jovens por diferentes meios, como computadores, tablets e telefones celulares. 

 

 

 

Na esfera das preocupações impostas às culturas juvenis, destaca-se a necessidade constante da busca por um corpo ideal, ou perfeito, determinado pela influência dos meios de comunicação de massa e da indústria da moda. Dia após dia ocorre uma verdadeira avalanche de conteúdos acerca daquilo que é apresentado como um modelo de corpo a ser “adotado” ou “perseguido” por todos e todas.

Seja nas mídias mais tradicionais, como revistas, jornais, televisão, outdoors, seja nas mídias mais recentes, representadas preponderantemente pelos suportes digitais, como sites, blogs ou redes sociais, a exposição dos(as) jovens a tais conteúdos se torna inevitável. Por mais que se deva ressaltar que a juventude não pode ser considerada estritamente passiva perante tais conteúdos, é inegável a influência de um “modelo de corpo hegemônico” na vida cotidiana dos(as) jovens.


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