Nas culturas juvenis, o corpo pode ser associado ao binômio saúde-estética, cuja ambiguidade é amplamente produzida e reforçada pelo discurso midiático, que comumente identifica como saudável aquele corpo adequado à estética hegemônica, isto é, o corpo magro e belo.
Corpos “diferentes” tornam-se objetos da crítica social e, por isso, fonte de frustrações, constrangimentos e limitações – sobretudo durante as experiências com práticas corporais na Educação Física. É ao corpo jovem que preconceitos se manifestam através das diversificadas formas de bullying, por exemplo. É no corpo, também, que se materializa boa parte dos impulsos consumistas juvenis, aspectos igualmente atravessados pelo discurso midiático.
O bullying é um tema bastante atual para as realidades escolares do Brasil. A relação dessa violência com as redes virtuais é elemento que constantemente faz parte de debates na sociedade, assim como de pesquisas realizadas em diferentes áreas do conhecimento. Exemplo disso está na emergência do cyberbulling como um tipo de violência que, cada vez mais, faz parte das violências praticadas e sofridas atualmente. Selecionamos, aqui, alguns links para navegação que exploram o universo dos debates relacionados a essas questões.
Bullying: auto-estima e diferenças de gênero, de Cláudia de Moraes Bandeira.
Como vencer o bullying, de Cláudia Jordão.
Seção especial da revista Gestão Educacional: Série Projeto Antibullying.
Nesse sentido, as TDIC podem ser tomadas como espaço privilegiado para a análise da “ditadura do corpo jovem, belo e saudável” e também podem ser mobilizadas na construção de estratégias didático-metodológicas que visem o esclarecimento e a emancipação dos(as) jovens no âmbito escolar.
Entendendo que um debate atualizado sobre essas questões de saúde-estética é fundamental na vida dos(as) educadores(as) atualmente, e que muitas dessas questões são tratadas por outras áreas ou de maneira interdisciplinar, convidamos você a navegar na nossa estante virtual. Nela você encontrará diferentes trabalhos que enfocam os temas do corpo, da mídia e da adolescência, e poderá aprofundar um pouco mais o estudo sobre esses assuntos.
Cursista, que tal pensar algumas dessas questões junto aos seus alunos e alunas? Será que eles e elas percebem-se influenciados pela grande mídia? Como os(as) estudantes observam a relação entre saúde e estética na vida deles(as)? Para viabilizar qualitativamente uma conversa entre você e seus(suas) alunos(as), propomos um passo a passo que pode orientar a construção deste debate.
Passo 1 - Sugerimos escolher para leitura pessoal preparatória um dos textos dispostos anteriormente na nossa estante virtual. Você pode selecionar aquele que possa auxiliá-lo(a) e prepará-lo(a) para fazer esse debate com os(as) discentes;
Passo 2 - Procure elaborar previamente algumas perguntas, buscando entender como os(as) estudantes percebem a relação entre saúde e estética. Indicamos algumas perguntas que podem nortear esta discussão: “você se sente uma pessoa na moda? Por quê?”, “você se sente uma pessoa saudável? Por quê?”. Para iniciar a conversa, você pode disponibilizar essa reportagem sobre o tratamento de acne e observar como eles(as) relacionam saúde e estética a partir da leitura do texto;
Passo 3 - Busque anotar as suas impressões para discutir sobre elas com os(as) demais colegas cursistas. O formato dessa discussão será indicado pelo(a) professor(a) formador(a).
Bom debate!
