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Tópico VII - Aprender em Rede

As TDIC e os Processos de Construção de Conhecimentos

Quando aliadas aos processos de construção de conhecimentos, as TDIC estimulam certos procedimentos metodológicos que quase sempre têm o trabalho coletivo como bom aliado. Parte disso se dá porque essas tecnologias possuem recursos que provocam os(as) usuários(as), principalmente aqueles(as) das gerações mais jovens, a interagirem facilmente para achar soluções diante de impasses para conseguir os resultados desejados diante das TDIC.

A seguir, você poderá ver fotos que registram a evolução sequencial e cronológica de uma primeira utilização do computador em sala de aula por uma turma de 6º ano. Essa experiência fez parte do Programa Um Computador por Aluno, na Escola Estadual Antônio Ferreira Nobre, zona norte da cidade de São Paulo.

 
 

Por favorecerem a construção de elementos multimídia, as TDIC apresentam-se como uma possibilidade diferente daquelas consagradas na sala de aula e na escola. Nesses contextos, a comunicação ocorria prioritariamente por texto verbal escrito ou oralizado.

Antes, a presença de imagens, vídeos e simulações era oferecida apenas para apreciação ou ilustração, dificilmente estava envolvida em processos de produção. As TDIC mais recentes mudaram essa condição; as fotografias, por exemplo, são hoje recursos altamente disponíveis em celulares e computadores móveis, proporcionando condições de registro mediante a intenção que se pode ter em determinada atividade escolar.

Outro ponto importante a ser considerado, além da flexibilidade possível de tempo e espaço no contexto virtual, é que as TDIC também permitem a criação de práticas inovadoras para ampliar os espaços reais de pesquisa, registros, interação e produção, graças à mobilidade presente nas tecnologias digitais portáteis recentes, viabilizada pelas redes sem fio, que contribuem para que a aula já não seja limitada à classe como um espaço consagrado e privilegiado para acomodar as atividades e o aprendizado proposto pela escola. Fazer pesquisas e leituras, coletar dados e sistematizar registros são ações normalmente propostas por essa escola, que já não precisa pressupor obrigatoriamente a delimitação do espaço há tempos consagrado. 

Agora, isso tudo pode acontecer na escola, no bairro residencial ou em outro local distante. As ações de aprendizagem passam a ter, assim como as tecnologias digitais, um potencial de mobilidade. 

Por conta dessas novas possibilidades, o desenvolvimento de projetos é uma metodologia que mobiliza os(as) alunos(as) para a ação e os(as) educadores(as) para a mediação. Já as TDIC são utilizadas como instrumentos de midiatização do desenvolvimento do currículo, principalmente ao viabilizar uma rede de aprendizagem que se mobiliza por processos dialógicos, em que o coletivo se fortalece ao mesmo tempo que o individual é otimizado.

 

Por outro lado, para uma sociedade cada dia mais expandida na cibercultura (TRIVINHO; CAZELOTO, 2009), o não acesso de camadas da população às TDIC faz com que surja um novo tipo de exclusão, a exclusão digital.

Diante do desafio de incluir digitalmente aqueles(as) que não têm condições sociais e econômicas, o papel das escolas e dos(as) educadores(as) se amplia, assim como se ampliam as responsabilidades de pessoas, órgãos e instituições que podem implementar políticas públicas que favoreçam o acesso da maioria às TDIC, principalmente no contexto educacional.

Para além dessa questão que envolve a inclusão digital, as TDIC têm outro papel atualmente na escola: proporcionar a midiatização para o desenvolvimento do currículo e da aprendizagem.


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