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Tópico II - Contribuições das TDIC ao desenvolvimento do currículo

Currículo e Mobilidade

Falar sobre mobilidade é considerar duas importantes características ligadas ao conceito: a portabilidade, que permite a utilização de um dispositivo em diferentes localidades, e a acessibilidade, que diz respeito à disponibilidade da informação, à oportunidade de ser distribuída, compartilhada e acessada por inúmeros interessados, independentemente de onde foi produzida.

Mobilidade é uma das palavras-chave da cibercultura na atualidade. De acordo com Lemos (2008), há pelo menos três tipos de mobilidade: a) física ou espacial (locomoção, transportes); b) cognitiva ou imaginária (pensamentos, sonhos, religião); e c) virtual ou informacional (dispositivos móveis, mídias locativas).

 

 

Segundo os autores, as tecnologias móveis sem fio (TMSF), aliadas à internet, podem contribuir para o processo de aprendizagem, porque, com a mobilidade, disponibilizam aos sujeitos o acesso rápido a uma grande e diversificada quantidade de informações, viabilizando o recebimento e o envio delas. Além disso, essas tecnologias promovem a comunicação e a interação entre pessoas distantes geográfica e temporalmente, de uma maneira sem precedentes.

 

Notebooks, netbooks, tocadores de áudio, tablets, telefones celulares inteligentes (smartphones) compõem o rol de dispositivos que utilizam as TMSF. Além da possibilidade de conexão móvel, integram mídias como câmera fotográfica, gravadores de áudio e vídeo, e possibilitam, portanto, novas formas de se comunicar, registrar impressões, e expressar e representar o pensamento, reconfigurando nossa presença no mundo e nossa relação com este.

Nas mãos de alunos(as) e professores(as), essas TMSF conectadas descortinam inúmeras possibilidades para os processos de ensino e aprendizagem, trazendo implicações e mudanças para a escola e, sobretudo, para o currículo. Nesse contexto, alunos e professores podem se enxergar como partícipes desse mundo digital, móvel e conectado e, dessa forma, atuar como leitores críticos e autores das próprias histórias.

No entanto, ter as TMSF conectadas e ao alcance dos(as) professores(as) e dos(as) alunos(as) não significa uma mobilidade limitada ao deslocamento para estudos, pesquisas e produções, pois ela vai muito além. A mobilidade no contexto da educação implica na leitura crítica da cultura digital móvel conectada e das suas possibilidades e potencialidades para a educação, repercutindo no currículo e na aprendizagem.

Podemos dizer que a mobilidade é a apropriação social e coletiva dos dispositivos móveis, e constituiu-se uma característica da cultura digital na "era das conexões". Assim, o currículo em rede passou a ter como aliada a tecnologia móvel. Diante disso, se nos perguntarmos qual é o ambiente mais favorável para que a aprendizagem dos(as) alunos(as) ocorra e o currículo se desenvolva, não poderemos mais aceitar ”sala de aula” como resposta exclusiva.


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