Ir para página anterior Ir para próxima página

Ícone
Tópico III - Integração entre o currículo e as TDIC: possibilidades e desafios

Sugestão de Atividade 5: Análise da Integração entre a Tecnologia e o Currículo

Você conhecia essas discussões presentes nos textos e no vídeo sugeridos nesta unidade? Apoiando-se na leitura desses mesmos textos indicados e no vídeo do Prof. José Armando Valente, você e seu grupo de trabalho estão convidados a analisar uma prática real, desenvolvida em uma escola pública, a partir do Programa Um Computador por Aluno – UCA descrita a seguir. Para isso:

  1. procure fazer um análise da atividade e pontuar os aspectos do desenvolvimento dela que deixem claro seu objetivo, sua finalidade, a forma como foi desenvolvida, as tecnologias envolvidas etc.;

  2. recomendamos que análise esteja focada na integração entre as tecnologias e o currículo;

  3. caberá ao grupo sugerir outras iniciativas que possam complementar a descrição da atividade realizada, principalmente aproveitando possibilidades de utilização das TDIC;

  4. a publicação da análise e sugestão de outras iniciativas poderão estar em um só texto, que será postado no local indicado pelo(a) formador(a), com identificação de todos os componentes do grupo.

 

Um computador por aluno (UCA)

Exemplo de uso do computador portátil na educação é o experienciado em uma escola da rede pública estadual de São Paulo, localizada na Zona Noroeste da capital paulista, que foi cenário de pesquisas realizadas dentro do Projeto UCA. A escola possui aproximadamente 480 alunos e conta com 458 computadores portáteis disponíveis nas mãos dos alunos, professores e gestores, numa perspectiva de praticamente um computador por pessoa.

Entre outros projetos de destaque, há um que se desenvolve com os alunos e as alunas da 7ª série, no componente curricular Ciências, e que parte da articulação entre o tema específico eletricidade (um dos conteúdos estudados em sala de aula), o uso do computador portátil e uma questão problematizadora que emergiu da curiosidade da professora e de seus alunos, no que diz respeito ao tempo de duração das baterias das máquinas.

O fio condutor do estudo partiu do modelo de funcionamento de uma usina hidrelétrica para pensar na geração de energia elétrica, cujo modelo – a turbina – figura como peça-chave para ativação de um gerador. A fundamentação do estudo desenvolvido no projeto abarca, entre outros aspectos: vídeo de sensibilização; aulas expositivas sobre o funcionamento de usinas hidrelétricas, eólicas, solares, termelétricas e termonucleares; pesquisa em base de dados digitais sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo de usina; produção de textos; elaboração de sínteses, tabelas comparativas e construção de experimento com movimentação de uma turbina para acionamento de um gerador.

 

Considerações Parciais

As TDIC podem evidenciar, quando presentes nas práticas pedagógicas, as concepções de educação que as embasam. Isso quer dizer que essas tecnologias, por si só, não representam inovação e, muitas vezes, sequer revelam integração ao currículo.

Quando se pensa em formação de educadores para favorecer essa integração em sua prática, o trabalho exitoso normalmente integra atividades exploratórias das tecnologias e recursos disponíveis, a realização de práticas com alunos e uma revisão de conceitos e estudos a respeito das concepções e metodologias que favorecem a aprendizagem significativa.

As possibilidades e os desafios para o desenvolvimento dessa integração entre tecnologia e currículo são ilimitados. Existe um ingrediente fundamental nesse processo: a forma como os envolvidos se posicionam diante do trabalho a ser feito e das concepções de currículo, ensino e aprendizagem que adotam. Possibilidades e desafios, se encarados como perspectivas para ampliar o potencial das ações de ensino e aprendizagem, poderão ser de enorme valia e contribuição para a integração entre o currículo e as tecnologias. 

Também é bastante favorável que os envolvidos no processo se vejam construindo novas formas de vivenciar o processo educativo, o que exige flexibilidade frente às mudanças, clareza de princípios baseados na prática democrática e no desenvolvimento da autonomia. É fundamental, ainda, que haja revisão contínua de objetivos, conhecimentos, procedimentos e linguagens mobilizados, considerando a diversidade humana, social, cultural e cognitiva dos estudantes.

No próximo tópico, nossos estudos se voltarão para as narrativas digitais como possibilidade de concretização e registro dos processos que envolvem a aprendizagem e as TDIC.

Você já conhece as narrativas digitais?

Vamos para próximo segmento, para que possamos explorar mais essa possibilidade!


Ir para página anterior Ir para próxima página