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Tópico I - Relação Currículo e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

À Procura de um Currículo Voltado para a Vida

Segundo dados do Censo Escolar 2012, publicado no segundo semestre de 2013, o Brasil conta com cerca de 40.366.236 estudantes matriculados(as) somente na rede pública de Educação Básica – estadual e municipal. Esse universo de estudantes, espalhados(as) pela dimensão continental de nosso país, conta com realidades e condições diferenciadas que interferem diretamente na forma como acontecem os processos educacionais, ou seja, a definição de quais os processos que tratam do ensino e da aprendizagem dos(as) estudantes e como devem ser orientados.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (DCNEB) são documentos que surgiram com essa finalidade e que orientam estados e municípios de todo o país a respeito dos conteúdos comuns, dos princípios e das metodologias para o desenvolvimento do currículo na Educação Básica. O objetivo dessas normas é manter a equivalência curricular sem prejudicar o atendimento às necessidades dos(as) estudantes, respeitando as características específicas de cada contexto e a diversidade em suas distintas origens.

 

Veja, no vídeo, o que são e para que foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais:

 

Conforme apresentado no vídeo, os PCN (BRASIL, 1998) constituem uma referência curricular para a Educação Básica de modo a subsidiar a elaboração de propostas curriculares que procurem respeitar as diversidades regionais, as diferentes culturas e políticas dos estados e municípios, e os projetos pedagógicos das escolas e das salas de aula. Com esse propósito, os PCN pretendem criar condições para que os estudantes tenham o direito de acesso aos conhecimentos indispensáveis para a construção de sua cidadania.

Os PCN são organizados a partir de uma classificação preliminar dos conteúdos em três grandes categorias: conceituais, procedimentais e atitudinais.

 

 

As DCNEB, por sua vez, estimulam a autonomia da escola na formulação de seu currículo e elaboração de sua proposta pedagógica, sem fazer indicações explícitas de conteúdos, apenas orientando para as competências a serem desenvolvidas.

Isso abre espaço para pensar as questões curriculares com base no recorte que a própria escola faz, o que considera sua própria vocação, os anseios da comunidade a qual pertence e a região onde está instalada. Atualmente, no âmbito da educação brasileira, as DCNEB organizam o Ensino Fundamental em nove anos, oferecendo-o do 1º ano – às crianças com idade de seis anos completos – até o 9º, conforme dispõe a legislação federal de n.º 11.114/2005 e a de n.º 11.274/2006.

Conheça na íntegra os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

Produto de um amplo debate com a participação do MEC, do Conselho Nacional de Educação (CNE), de especialistas da área e da sociedade civil, surgem as novas DCNEB que representam um marco da articulação e colaboração entre nação, estados e municípios para a realização de ações conjuntas voltadas ao desenvolvimento de processos educativos. Tais diretrizes estabelecem “uma base nacional comum, responsável por orientar a organização, a articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras” (BRASIL, 2013, p. 4).

 Conheça, no vídeo,  como se articulam os PCN e as DCNEB, com o projeto pedagógico da escola e o plano de trabalho dos professores.

 Palavras de Francisco Aparecido Cordão, conselheiro da Câmara de Educação, a partir de 5:54.

Dessa forma, evidencia-se como as práticas socialmente construídas, as linguagens, os conhecimentos, as singularidades humanas e os afetos tem sido consideradas como fontes para o trabalho educativo, buscando trazer “para o debate os princípios e as práticas de um processo de inclusão social, que garanta o acesso e considere a diversidade humana, social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos.” (BRASIL, 2013, p. 16).

Mas para que isso se efetive, é essencial que o processo pedagógico contemple a proposição de distintas metodologias, de múltiplas direções nas interações entre alunos, professores e materiais didáticos, processo onde a forma de integrar as tecnologias de informação e comunicação (TDIC) à prática pedagógica na escola cobra especial relevância.

Sugestão de Atividade 2 : As TDIC e o Currículo na Prática

Agora, o desafio é retomar a experiência desenvolvida no PLAC 2, na Atividade 1 "Ampliando Nossos Repertórios sobre Experiências de Aprendizagem em Rede", e realizar as seguintes ações a respeito de uma das práticas escolhidas pelo grupo de trabalho: 

  • procure identificar, a partir de todas as informações sistematizadas, os conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais conforme descrito anteriormente;
  • você pode analisar e refletir a respeito de como as TDIC se fazem presentes no desenvolvimento da prática escolhida;

  • descreva, de forma reflexiva e diante dos estudos já realizados no curso, possíveis alterações em relação aos conteúdos trabalhados ou às TDIC, de modo a possibilitar uma ampliação do alcance do trabalho proposto.

Para finalizar esta atividade, recomendamos que um dos integrantes publique a análise no local indicado pelo(a) formador(a), colocando o nome de todos os participantes e deixando a publicação aberta para leitura e comentários dos demais cursistas da turma.

Por favor, lembre-se de ler e comentar as postagens dos outros grupos.


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