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Tópico II - Potencialidades das TDIC no Ensino de Ciências

Visualização de Fenômenos e Estruturas Abstratas

Algo comum nas aulas de Ciências é a complexidade em abordar conteúdos como estrutura celular, estrutura atômica, fotossíntese, respiração celular, e diversos outros que compõem o currículo da área. Esse desafio está atrelado a grande dificuldade por parte dos(as) estudantes na compreensão do nível microscópico e na representação do nível simbólico. Isso ocorre devido ao pensamento dos(as) alunos(as) que, ao se basearem em informações sensoriais, tendem a permanecer no nível macroscópico em suas explicações sobre os fenômenos e estruturas abstratas (GIORDAN & GÓIS, 2005).

 

Outra dificuldade enfrentada pelos(as) estudantes na aprendizagem de Ciências está na realização de tarefas que exigem habilidades de visualização tridimensional, pois geralmente os livros representam estruturas de forma bidimensional (BARNEA; DORI, 1999).

As TDIC podem contribuir para a superação desses obstáculos, já que há evidencias de que representações animadas, dinâmicas e interativas podem aprimorar a visualização tridimensional, assim como de fenômenos e estruturas abstratas, pelos estudantes. Dessa forma, alguns autores têm defendido a integração entre gráficos computacionais e representação tridimensional como uma forma efetiva de aprimorar a habilidade de visualização no ensino de Ciências (GIORDAN & GÓIS, 2005).

Giordan & Góis (2005) acentuam que a utilização de estruturas microscópicas virtuais geradas por computadores permite a disposição de múltiplas representações coordenadas e tridimensionalmente projetadas, e favorece variados tipos de manipulação desses objetos, como translação, rotação, aumento ou redução de tamanho. Além disso, oportuniza que os alunos interajam com a estrutura estudada, mobilizando uma reflexão e a construção de conhecimento, a partir dos interesses e necessidades de aprendizagem do(a) estudante.

Simuladores, animações, multimídias, audiovisuais são recursos que possibilitam a visualização tridimensional.

Essas tecnologias propiciam maior oportunidade para a realização de experiências e permitem ao(à) aluno(a) a possibilidade de desenvolvimento de seu conhecimento, a partir de seu próprio ritmo. Outra alternativa é a utilização da Realidade Aumentada (RA). O vídeo a seguir mostra algumas possibilidades dessa tecnologia.

No campo educacional, os autores Rolim et al. (2011) definem a Realidade Aumentada como uma tecnologia que mistura os objetos reais de nosso ambiente com objetos virtuais, criados para aumentar a realidade das informações que recebemos. Com isso, ela possibilita a visualização de imagens tridimensionais em diferentes ângulos, através do manuseio por parte dos(as) alunos(as) de objetos reais diante do computador, utilizando a webcam e software específico.

Rolim et al. (2011) ressaltam a importância do uso de interfaces mais interativas na visualização de imagens tridimensionais anatômicas, sendo um requisito necessário para fins educacionais, no campo das Ciências.

"Nesse contexto, a RA oferece novas formas de interação humano-computador, que auxiliam nos reconhecimentos de coerências espaciais nas explorações e manipulações de dados 3D, aumentando a capacidade cognitiva de aprendizagem de definições em Ciências e Biologia." (ROLIM et al., 2011, p. 3).

 

Imagem retirada do Cenário III, Clima em Ação

Ficou interessado(a) em saber mais sobre o uso da Realidade Aumentada no ensino de Ciências? Iremos retomar esse assunto no terceiro tópico deste núcleo de aprendizagem.


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