Um software de simulação representa um modelo de funcionamento de um sistema. Ele permite que um observador visualize não apenas um único dado no modelo, mas também como ele é alterado sob diferentes parâmetros. Vale ressaltar que esse tipo de simulação não pretende ser uma representação completa de um evento, mas sim uma abstração que se concentra em um aspecto específico desse evento. As inter-relações entre os dados utilizados no simulador constituem o foco de análise de um conceito que um(a) educador(a) busca ensinar aos(às) seus(suas) alunos(as).
Um ambiente livre de risco permite ao(à) aluno(a) falhar e voltar para modificar sua estratégia até que tenha alcançado um bom resultado.
Há duas vantagens da remoção de riscos durante o ensino. Uma delas é a capacidade de melhorar as competências dos(as) alunos(as) de uma forma que não os(as) coloque em perigo. Em situações em que o(a) aluno(a) está aprendendo habilidades que podem afetar a sua saúde e bem-estar, as consequências do fracasso na vida real podem ser graves.
O outro ponto positivo é que os(as) alunos(as) não chegam a temer o erro nos procedimentos. Falhar torna-se parte do processo de aprendizagem, levando à construção de conhecimento, e não ao fim do seu envolvimento na atividade.
Imagem retirada do Cenário I, Comer e Exercitar-se
Imagem retirada do Cenário I, Comer e Exercitar-se
A maioria das simulações são projetadas com uma arquitetura flexível que permite que suas variáveis sejam alteradas. Ao modificar diretamente um modelo, os(as) alunos(as) podem experimentar diferentes cenários. A natureza da simulação, centrada no(a) aluno, faz com que os resultados dependam das ações da(o) estudante.
O objetivo de permitir esse nível de interatividade é o de proporcionar um entendimento mais profundo dos conceitos e mostrar como a tomada de decisão e a resolução de problemas são afetadas por uma variedade de condições ambientais.
Além disso, a simulação permite que as(os) estudantes observem, experimentem e visualizem situações que no mundo real poderiam demorar um tempo que o(a) professor(a) não tem disponível em seus limitados minutos de aula ao longo do ano letivo.
A simulação permite que o(a) aluno(a) analise um conjunto específico de problemas que exige a compreensão e reflexão sobre os conceitos a serem aprendidos. Os problemas são muitas vezes baseados em cenários que representam uma situação que o(a) aluno(a) iria encontrar no mundo real. A simulação apresenta o ambiente, fontes de informações autênticas e as ferramentas para que o(a) estudante resolva o problema e teste seus conhecimentos.
A simulação também pode fornecer aos(às) estudantes o feedback para modificar suas ideias e ações. Este processo envolve o(a) aluno(a) e possibilita que ele(a) construa conhecimentos sobre o assunto, desenvolvendo as habilidades necessárias para lidar com os problemas semelhantes em seu cotidiano.
Imagem retirada do acervo de vídeos do Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (NUTE)
Imagem retirada do acervo de vídeos do NUTE
Talvez um dos aspectos mais importantes da simulação seja a sua capacidade de avaliar se o conhecimento teórico em estudo pode realmente ser utilizado em uma aplicação prática.
Simuladores possibilitam a resolução de problemas em seu contexto real. Desta forma, o(a) estudante utiliza o seu conhecimento para a solução do desafio proposto. Não é uma proposta interessante, quando pensamos em como avaliar se a aprendizagem dos sujeitos foi realmente significativa?
As simulações, assim como outros recursos e atividades, permitem que a aprendizagem ocorra fora da sala de aula, através da interação entre os(as) alunos(as) em um ambiente on-line.
É possível que os(as) estudantes desenvolvam habilidades colaborativas, resolvendo problemas juntos dentro do ambiente de simulação.
Imagem retirada do acervo de vídeos do NUTE
Imagem retirada do acervo de vídeos do NUTE
Uma das razões dos jogos e simulações terem um impacto muito significativo sobre os(as) alunos(as) é que muitos deles fazem parte de uma nova geração que cresceu utilizando jogos de computador. Experiências de aprendizagem que usam um recurso familiar para o(a) aluno(a) facilitam que os sujeitos construam conhecimentos.
Geralmente, esses(as) alunos(as) são determinados a resolver os problemas porque eles já aprenderam que, eventualmente, alguma combinação de comportamento durante o jogo ou simulação resultará em sucesso. Esta postura torna-os(as) muito criativos(as), já que a falha e o risco não irão assustá-los(as).
