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Tópico III - Sociologia e TDIC em Sala de Aula

Sugestão de Atividade 3.3: Explorando a Sabedoria dos Muros

Dando continuidade ao que foi visto no Tópico 2, quando apresentamos o movimento Hip Hop e suas distintas formas de expressão, particularmente as manifestações da pichação, do graffitti e da arte urbana, propomos a atividade a seguir, que poderá ser feita também por meio de celulares, smartphones e/ou câmeras digitais. Como sugerimos na ocasião, a ideia de explorar o próprio bairro ou outras localidades da cidade também pode ser feita e registrada por esses recursos digitais e depois apresentadas na sua sala de aula, além de compartilhada através das redes sociais.

Abaixo, apresentamos, também, alguns dizeres inscritos nas paredes pelas ruas do Brasil, como alternativa a ida às ruas, num primeiro momento. Tanto a utilização das imagens abaixo como a atividade nas ruas podem ser complementares. A ideia aqui é explorar as expressões e os sentidos identitários contidos nas imagens.


As imagens acima, disponíveis num Blog gerenciado por Joyce Abrantes, são fotografias de diversos grafites e pichações. Todos expressam frases que aludem a condições sociais e políticas, alguns estilizados, outros simplesmente escritos.

Com base no que vimos no Tópico 2, sobre identidades, o(a) professor(a) poderá compartilhar estas imagens (ou outras que por ventura possam ter sido registradas na sua cidade), com os(as) estudantes, na página social do grupo e a seguir solicitar que cada um(a) escreva um comentário sobre a(s) imagem(s) em questão na forma de “post”, de forma que todos(as) tenham acesso ao painel com os comentários.

E no que consistiriam tais comentários? Temos algumas sugestões de perguntas, que eventualmente o(a) professor(a) pode problematizar:

  1. Podem ser, a princípio, sobre a própria frase ou imagem retratada, e as impressões causadas.

  2. Quais as identidades possíveis podem ser associadas a estas ou outras imagens?

  3. Se elas têm alguma conotação política mais explícita, a qual grupo ou ideologia poderiam ser associadas?

  4. Quando o(a) aluno(a) a vê pela primeira vez, quem ele ou ela imagina tê-la feito e em quais circunstâncias?

O conjunto destas impressões, a exemplo da primeira atividade, também deve ser compreendido enquanto representações sociais que, no caso, os(as) estudantes constroem acerca da “arte urbana” em geral, ou do movimento “hip hop” em casos mais específicos. Trata-se, digamos, de um material “bruto” que o(a) professor(a) pode problematizar com os(as) próprios(as) estudantes, no sentido de se estabelecer algumas chaves de leitura. O que sugerimos foi que esta chave pode ser a questão das identidades, mas este é um exercício que permite outras entradas temáticas, como por exemplo, a questão educacional, relações de gênero, sexualidade, étnico-raciais, ambientais, etc.

Neste caso, pensamos que a dinâmica da condução da aula seja o elemento articulador de quaisquer temas que venham a ser analisados em sala de aula, na medida em que se permite explorar várias dimensões, dentre as quais:

  1. Pensar o espaço urbano da metrópole ou da cidade e formas de construção sócio-espaciais (lugares e territórios em que tais imagens são permitidas ou não, valorizadas ou não, ilegais ou consentidas, etc)

  2. Mobilizar as imagens de forma interativa, através de recursos digitais e do compartilhamento nas redes sociais.

  3. Conectar ambas as experiências visuais (isto é, o “reencontro” do(a) jovem com o espaço urbano que lhe é tão familiar e com o celular e a rede social) com conceitos, temas e teorias sociológicas.

Boa atividade!


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