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Conceitual II - Por Que Unir Mídia e Educação?

Mídia-Educação: Ensino e Competências

Para concretizar a realização do jornal impresso no contexto pedagógico escolar, Freinet inseriu a prensa em sala de aula, as técnicas características de tal mídia e a proposição de um trabalho real, ou seja, uma atividade que fizesse parte do cotidiano dos(as) alunos(as) e do contexto social e cultural daquele momento. Assim, ele trouxe ao contexto escolar o ambiente da vida dos(as) estudantes, quebrando as barreiras e entrelaçando cultura e escola.

Hoje, o jornal multiplicou suas interfaces, multiplicando igualmente as possibilidades de acesso; não é um só, mas vários: jornal impresso, jornal digital, web jornal. E a fórmula de publicar notícias também proliferou: agora, há coletivos de notícias, notícias em tempo real,  notícias sobre notícias (como os observatórios) e muitos outros, que se caracterizam pela instantaneidade tanto na publicação e disseminação quanto no acesso.

E o jornal é só um exemplo. Podemos pensar tal movimento para todos os meios de comunicação de massa: rádio, cinema, televisão, revista; além das novas possibilidades para a construção, transmissão e circulação de informações características do contexto digital em que vivemos: blogs, podcasts, e-mail, SMS, microblogs, isso só para citar algumas. Se pensarmos nas redes sociais, teremos as redes para troca de mensagens, de vídeos, de imagens, de fotos, de conteúdos da web, entre outras.

As chamadas novas mídias e a transformação das mídias tradicionais trazem um novo desafio à mídia-educação. Ao atuarem como canal de circulação do conhecimento e de produção e reprodução do consumo cultural em tempo real, e ao impelirem os(as) alunos(as) a operar ativamente com esses canais, as mídias digitais colocam em xeque um importante papel não apenas na participação, mas na construção de uma cultura participativa. Esta descola-se da expressão individual e atrela-se a um processo no qual todos(as) envolvem-se (JENKINS, 2008).

Em um contexto como o atual, caracterizado pela cultura digital, torna-se necessário rever conceitos, atuações e modelos da educação tradicional, mas, ao mesmo tempo, promover novas questões no próprio processo educativo. Assim, as práticas contemporâneas, sejam elas educativas ou sociais, requerem uma nova postura e uma nova perspectiva mídia-educativa. Para atuar de forma crítica, criativa, participativa e, agora, colaborativa, nesse ambiente digital em plena evolução, serão necessárias novas habilidades e competências.
 

Reflexão

Criador de um dos termos mais utilizados para se refletir o contexto digital contemporâneo, Henry Jenkins definiu como "Cultura da Convergência" o movimento de trocas, compartilhamentos e relações entre pessoas e mídias. Esse conceito é bastante pertinente para pensarmos essa relação mídia-educação. A fim de conhecê-lo um pouco mais, sugerimos dois vídeos que o exemplificam: o primeiro chama-se A Cultura da Convergência e foi produzido por uma agência de publicidade; e o segundo, denominado Arlindo Machado: Convergência e futuro, traz um trecho da entrevista realizada com o professor e teórico da comunicação, Arlindo Machado.

Caso você queira se aprofundar ainda mais, procure outros vídeos na internet e utilize-os junto aos sugeridos para refletir sobre as questões levantadas por esse conceito.

Boa pesquisa e boa reflexão!


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