Entre as distintas concepções de currículo, há em comum a intencionalidade e o compromisso de trabalhar com o conhecimento, que é entendido em certas visões como transmissão e em outras como resultante de um processo de construção do aprendiz. Disso decorre que o conceito e as ideias sobre currículo são as mais variadas e amplas, daí a importância de se considerar a polissemia do conceito e, o mais relevante, entender quais práticas se pautam por um ou outro entendimento. As propostas curriculares oficiais especificam as linhas mestras do currículo, que podem ser fortemente prescritivas ou mais abertas e flexíveis, conforme as concepções que as pautam.
Ao elaborar o seu plano de trabalho, o professor tem a oportunidade de refletir sobre o currículo prescrito e ressignificá-lo segundo suas experiências, suas estratégias e seu estilo de trabalho, seus conhecimentos sobre o contexto e as necessidades de seus alunos. Por isso, o currículo planejado pelo professor é reconstruído na prática social pedagógica, nas escolas, nas salas de aula e nos espaços educativos.
Assim como o conceito de currículo é polissêmico, o conceito de TDIC a serviço do currículo também apresenta diversas possibilidades de entendimento, e essa pluralidade emerge quando se analisa a presença dessas tecnologias em práticas escolares.
Estudar essa questão é de extrema valia, porque atualmente as tecnologias digitais são indispensáveis e precisam ser contempladas na construção e no desenvolvimento do currículo. Considerando a função social da escola, é essencial que ela esteja em sintonia com as exigências de seu tempo e de seu espaço e em consonância com os instrumentos culturais disponíveis dos quais as TDIC fazem parte. Dessa forma, contribui-se para uma formação de cidadãos voltada para o desenvolvimento de habilidades que lhes possibilitem atuar de forma ativa e questionadora diante dos desafios que a vida impõe.
