A partir deste momento, avançaremos em nossos estudos, passaremos a refletir sobre o Conceito Estruturante 2 deste tópico: Terminologias e Nomenclaturas para as Pessoas com Deficiência e Diversidade.
Você já deve ter observado que essa nomenclatura modificou-se de acordo com cada época. Isso ocorreu não por uma questão de modismo, mas para acompanhar a discussão que vem sendo feita e o espaço conquistado por essas pessoas em diferentes contextos sociais. A busca por uma nomenclatura ideal traduz o respeito que devemos ter em relação a todo e qualquer cidadão e contribui para refletirmos sobre os nossos “pré-conceitos”.
Além disso, esse aspecto acaba por refletir-se nas leis, e, ao convergirmos para uma definição mais apropriada, estaremos contribuindo para avançar no caminho de políticas mais justas. Para acompanharmos um pouco melhor o raciocínio feito durante nossa “evolução” histórica, traremos a seguir o artigo de Sassaki (2003) que nos situa no tempo, associando o termo utilizado em cada época com o valor agregado à pessoa.
Nessa mesma direção de valorização da pessoa, encontraremos no artigo de Baptista (2004) a discussão sobre a importância de acolhermos as “diferenças” através de uma educação voltada para os alunos em geral, uma educação diferenciada, capaz de abarcar de forma concreta o processo de ensino e de aprendizagem através do reconhecimento de quem são os sujeitos envolvidos na educação. Ele propõe a renúncia dos “edifícios” didáticos e a progressiva construção de “tendas” que, ao mesmo tempo que representam flexibilidade, traduzem o compromisso de criação de um espaço de vida, crescimento e interação social.
Agora, visite a linha do tempo construída a partir das ideias de Sassaki (2003) e conheça as diferentes nomenclaturas e épocas a elas referentes, conforme conversamos. De acordo com autor:
“Em todas as épocas e localidades, a pergunta que não quer se calar tem sido esta, com alguma variação: 'Qual é o termo correto – portador de deficiência, pessoa portadora de deficiência ou portador de necessidades especiais?' Responder esta pergunta tão simples é simplesmente trabalhoso, por mais incrível que possa parecer.
Comecemos por deixar bem claro que jamais houve ou haverá apenas um termo correto, válido definitivamente em todos os tempos e espaços, ou seja, latitudinal e longitudinalmente. A razão disto reside no fato de que a cada época são utilizados termos cujo significado seja compatível com os valores vigentes em cada sociedade, enquanto esta evolui em seu relacionamento com as pessoas que possuem este ou aquele tipo de deficiência. Percorramos, mesmo que superficialmente, a trajetória dos termos utilizados ao longo da história da atenção às pessoas com deficiência, no Brasil”. (SASSAKI, R. K. Como chamar as pessoas que têm deficiência? Revista da Sociedade Brasileira de Ostomizados, ano I, n. 1, 1° sem., p.8-11, 2003.)
Acessibilidade A linha do tempo acima foi disponibilizada na versão acessível com dois recursos: audiodescrição e texto acessível em HTML. Para ter acesso ao primeiro recurso mencionado, clique no link abaixo e escute a audiodescrição. Já o conteúdo de toda a linha do tempo pode ser acessado em outro link, localizado no fim da página, denominado Conteúdo Acessível. É importante destacar que, quando você, cursista, optar por utilizar o HTML acessível, uma nova aba abrirá em seu navegador, então, quando quiser voltar à hipermídia, você deve fechá-la e retornar à lista de recursos acessíveis.
Conteúdo Acessível
Ícone referente ao Dossiê de Inclusão. A imagem mostra uma pasta cor-de-rosa entreaberta com papéis aparentes para fora.
Como os alunos com deficiência são nominados em sua escola? Faça uma enquete com seus colegas professores e gestores da escola e com os alunos sobre os termos utilizados para denominar ou referir-se aos alunos com deficiência.
Você percebe o uso de termos inadequados, ou que foram utilizados em outra época, sendo usados na escola?
